4.7.07

Testes de nacionalidade


A notícia de que 60% dos nacionais do Canadá falhariam o teste para a aquisição daquela nacionalidade levanta a curiosidade quanto ao grau de exigência dos mesmos.

Os testes para aquisição de determinada nacionalidade já vêm há muito a ser aplicados noutros estados. Mas Portugal só recentemente aderiu a esta moda e, é caso para dizer, é uma moda um pouco diferente.

É conhecida a elevada exigência dos testes para aquisição da nacionalidade norte-americana. Numa lista das 100 perguntas mais frequentes, 7 são sobre a bandeira [a relação norte-americana com a bandeira - que é usada para tudo (roupa, louça, canetas...) - ainda é um mistério indecifrável] e as restantes são sobre a Constituição e divisão de poderes, História dos EUA, não esquecendo a identificação dos sucessivos presidentes... Nada fácil, por sinal.

Por terras lusas, as perguntas são completamente diferentes. Nada de perguntas em relação à bandeira, presidentes ou regras democráticas. O que interessa mesmo é saber ler cartazes e anúncios, ou seja, saber a língua Portuguesa.

Vejam um tipo de teste de cidadania [americano] e outro [português] e tirem as vossas conclusões...

Para verem se conseguem adquirir alguma nacionalidade (britânica, canadiana, francesa, australiana ou norte-americana) passem por aqui. Experimentem. Para os testes de cidadania ingleses o meu resultado foi este:

"You need extensive training. It is very likely that you will fail the test is you try to pass it now."

E mai nada...

2.7.07

Dunas - iii

[Praia da Madalena, Vila Nova de Gaia]


Continuando o percurso pelas praias portuguesas...

Vila Nova de Gaia é, em 2007, o concelho do país que mais bandeiras azuis acolhe - ao todo 17 praias com bandeira azul.
Fica o registo de uma delas, a da Madalena. Com espinhosas dunas e um mar poderoso.

28.6.07

A irmandade norueguesa

A descoberta terá vindo dos nórdicos, mais concretamente de um grupo de epidemologistas noruegueses (liderado por Peter Kristensen, da Universidade de Oslo).

A discussão começou em 1874, com Francis Galton. Alegava que os primogénitos são mais inteligentes do que os irmãos mais novos, indicando que haverá uma elevado número de primogénitos nos vencedores do Prémio Nobel...

Motivos para tal: recebem mais atenção, mais responsabilidade e há mais recursos financeiros.

Eis que, mais de um século depois, continua-se nesta discussão e chegam os iluminados nórdicos (sim, que aí existem meses em que o sol brilha 24 horas) à conclusão de que os primogénitos têm um Q.I. 3 pontos acima do segundo filho e 4 pontos do terceiro filho.

Mas a melhor e mais divertida conclusão deste celeuma científico é mesmo: "Existem várias teorias para explicar o efeito da ordem de nascimento na inteligência. Uma delas defende que os primogénitos beneficiam da atenção exclusiva dos seus pais durante mais tempo, o que enriqueceria o vocabulário e raciocínio. Mas isto não explica que nos irmãos com menos de 12 anos, os últimos filhos, apresentem, ao contrário, melhores indicadores. Alguns investigadores contrapõem que esta precocidade está relacionada com o abaixamento intelectual de toda a família em presença de uma criança mais pequena". (DN)

Serão as consequências do excesso de sol na Noruega?

24.6.07

Imagens do dia - IX





O entardecer e as festividades em noite sanjoanina, junto ao rio Douro.

23.6.07

O regresso do ogre verde




Em equipa que ganha, não se mexe. Confirmado o sucesso do primeiro filme, seguiu-se o segundo e agora o terceiro.

Não é fácil conseguir manter a originalidade ao fim de dois filmes e continuar a supreender com um terceiro. Será o último, acolhendo a fenómeno cinematográfico da triologia?

A mais valia do filme reside na desconstrução dos estereótipos dos filmes de animação - o príncipe encantado afinal não é assim tão "charming" quanto isso, a princesa é teimosa e verde e aproveita-se, de vez em quando, para umas alfinetadas em certos filmes que marcaram o cinema.




Este "Shrek 3" mantém as vozes de Mike Myers (Shrek), Eddie Murphy (no divertidíssimo Donkey), Cameron Diaz (Fiona) e Antonio Banderas (num gato mesmo à sua imagem de latino, Puss in Boots).

A grande novidade das vozes é a de Justin Timberlake, a voz por trás da personagem Artie.

Novidades? Sim, sem dúvida. O enredo é, agora, o conflito na sucessão ao trono. Shrek e Fiona são os primeiros na linha sucessória, mas o ogre verde encontra um pequeno sucessor à altura do cargo - Artie, um Rei Artur em potência.




O filme continua a supreender e o género e personagens ainda não cansaram. Cabe tudo - o problema da sucessão no trono, a descendência de Shrek e Fiona (com o pesadelo da paternidade a causar um dos momentos mais hilariantes do filme), a recuperação das personagens das "histórias de encantar", como a Bela Adormecida (que adormece na hora H), a Branca de Neve (que oferece anões-amas), a bolacha falante (no melhor monólogo) ou o Pinóquio (no melhor diálogo com o Princípe Encantado), ou a Rapunzel (com a sua trança quase verdadeira).

Ainda se satirizam outros blockbusters como o Harry Potter, o Senhor dos Anéis, Música no Coração ou os musicais que tanta audiência alcançam.

Saldo final - 4 estrelas, ao som das pipocas, claro! [pena a fraca tradução e legendagem...]

21.6.07

Veraneio

Começa hoje a estação do ano mais aguardada - O VERÃO... Que, com ele, venha o sol, o bronzeado, o amanhecer tardio, a ausência de horários, prazos e coisas afins...

E, até, porque não reconhecê-lo, andar descalça dentro de casa e sentir o chão frio na planta dos pés. Naturalmente que no dia seguinte é certo que estou constipada... Compensa o mal que faz pelo bem que sabe!

Até virem as férias EFECTIVAS (que este ano terão, ao que tudo indica, alguma insularidade), dá para ir saboreando algumas das pérolas (praias) do meu Verão de 2006...


[Hvar, Croácia]


Das praias mais animadas [durante o dia, claro!], e com um pôr-do-sol digno de registo.



[Praia da Arrifana, Aljezur]

Provavelmente a melhor praia portuguesa.


17.6.07

A arte de saber ouvir - ii


"Temos dois ouvidos mas apenas uma boca, porque devemos ouvir o dobro do que falamos."

Quase-eloquências de madrugada... Ou a tentativa frustrada de nos manter em silêncio durante uns segundos.

14.6.07

Alive and kicking (Simple Minds)

Continuando no percurso pelas músicas que funcionam como uma espécie de fonte de energia, hoje deixo-vos os Simple Minds. Uma banda oriunda da Escócia e que este ano comemora 30 anos de existência.
O “Alive and kicking” (de 1985) continua a fazer-me rir pela lembrança dos penteados e roupas da época e pela simplicidade do videoclip.
Para juntar às músicas que ficam com a passagem do tempo. E que recomendo, claro, para ouvir bem alto.

Filosofias


Chego a casa cansada, mas poucas são as vezes em que não sou recebida com uma peripécia, como se propositada para me fazer esquecer do cansaço.

- O teu irmão tem uma prenda para ti...
Corro ansiosa para o quarto dele, quando adivinho uma pilha de livros e cadernos de Filosofia.
- Dou-te (diz-me, desinteressado).

Esclarecem-me - "vai deitar ao lixo".

- Ao lixo? - interrogo-me, pensando na ecologia e em todas as campanhas de recolha de livros para crianças carenciadas - Porque não dás para a caridade?

- Caridade? - responde-me, espantado - Achas que dar livros de Filosofia é caridade? É tortura.

Eloquências de quinta-feira à noite...

11.6.07

Dunas - ii


[@ Espinho]

As dunas desenhadas pelos invencíveis mar e vento...

10.6.07

Fragmentos

Diz-se que cantou, como ninguém, a Pátria Portuguesa, daí que o Dia de Portugal seja também o seu dia.

A escolha de alguns versos não é tarefa fácil, dada a extensa obra que deixou. Ultrapassadas algumas dúvidas iniciais, escolhi os versos d' "Os Lusíadas" que mais vezes li, pela sua genialidade:

"Estavas, linda Inês, posta em sossego
De teus olhos colhendo doce fruito,
Naquele engano da alma, ledo e cego,
Que a fortuna não deixa durar muito,
Nos saudosos campos do Mondego,
De teus fermosos olhos nunca enxuito,
Aos montes insinando e às ervinhas
O nome que no peito escrito tinhas.

Do teu princípe ali te respondiam
As lembranças que na alma lhe moravam
Que sempre ante seus olhos te traziam,
Quando dos teus fermosos se apartavam;
De noite, em doces sonhos que mentiam,
De dia, em pensamentos que voavam;
E quanto, enfim, cuidava e quanto via
Eram tudo memórias de alegria"

(Luís de Camões, Os Lusíadas, Canto III, pág. 159)





Imagem

8.6.07

Os erros - ii


- Na televisão

Teria de ser um post muito extenso para dar conta de todas as gaffes televisivas. Há algumas que fizeram história e que vêm sendo reproduzidas até à exaustão.

A minha preferida - que acompanhei em directo - é a do apresentador Humberto Bernardo. Em pleno concurso para a eleição da Miss de Portugal em 1997, este baralha-se completamente e dá o título de 2ª Dama de Honor àquela que tinha sido eleita como Miss de Portugal.

Esta recebe a faixa com o título de 2ª Dama de Honor.... Segundos depois, o apresentador retira-lhe a faixa e diz que se enganou! Dos melhores momentos de televisão até agora!

Mas há mais. Vejam lá, só para recordar:

- A repórter da SIC pergunta a vários habitantes da aldeia de que se queixavam eles. As pessoas referem-se à falta de estrada em condições. Um deles, porém, pára para pensar e depois diz: "queixo-me aqui de um ombro...". [Isto sim, é uma verdadeira queixa!]

- O Gabriel Alves tem inúmeras dignas de registo. A mais conhecida é mesmo esta: "Lá vai Vítor Paneira, no seu estilo inconfundível... não, afinal era Veloso."

- Valentim Loureiro, em pleno comício do PSD em Gondomar, pede: "Por isso vamos todos gritar - Guterres, Gu... Gondomar, Gondomar". [Acontece... São palavras tão parecidas...]

- António Guterres, ao tentar fazer as contas de 6% do PIB remata com um delicioso: "É fazer a conta". Vejam as imagens no youtube.


5.6.07

Os erros - i


- No cinema

Mantendo-me no modo "cinema" [em jeito de redenção pelo afastamento prolongado do tema] foram-me dadas a conhecer as maiores gaffes no cinema.

Há mesmo especialistas em descobrir os erros de um filme e aparecem a correr na internet, logo no dia seguinte ao da sua estreia, as listas com os erros. Talvez numa tentativa de ataque à qualidade do filme.

São feitas listas de filmes com maior número de erros. O Apocalipse Now aparece em 1º lugar, com 231 erros, numa lista de 30 filmes. Todos os do Harry Potter (4) estão lá, assim como os 3 do Senhor dos Anéis.

Quanto a tipos de erros, há de tudo: erros técnicos, históricos, de cenário, de montagem, de argumento.

Os meus preferidos, da lista dos 30 melhores, são mesmo os seguintes:
- No filme Titanic, é referido um lago (Wissota) que foi artificialmente criado anos após a data do embate. [eu cá acho que não era erro, eram mesmo as capacidades divinatórias do Leonardo Di Caprio...]

- No Ocean's Eleven, diferentes ângulos da câmara mostram diferentes pratos na mão de Rusty. [não é de bom tom ficar a ver o que as pessoas comem... Coitado do Rusty (o nosso Brad Pitt). Já não pode comer o que quer!]

- No Spider-man, o herói atira atacantes por duas janelas. No minuto a seguir, as janelas estão intactas [mistérios da natureza, talvez...]

Para ver o Site.

P.S. Outras gaffes e erros [noutras áreas] se seguirão.

2.6.07

Zodiac


David Fincher - que ficou na história do cinema pelo seu genial "Seven" - traz-nos agora Zodiac. O filme resulta da adaptação do livro de Robert Graysmith, com o mesmo nome.

A história é verídica: um serial killer que atormentou San Francisco durante os anos 60' e 70' e que se intitulou a si mesmo como Zodiac.
A sua notoriedade adveio do facto de se servir da comunicação social [jornais, rádio e televisão], exigindo a publicação de mensagens criptografadas.
Numa altura em que se discute a relação entre a comunicação social e a investigação policial, o filme reflecte esse conflito.

A representação não é brilhante. Jake Gyllenhaal [que tinha supreendido no Brokeback Mountain] cumpre o seu papel mas não é extraordinário. Um dos mais bem conseguidos é mesmo Robert Downey Jr., numa personagem controversa mas bem conseguida.

Robert Graysmith (interpretado por Jake Gyllenhaal) é um cartoonista de um jornal que, insatisfeito com a actuação policial nos casos, alheia-se da sua realidade e procura, de motu proprio, chegar à verdadeira identidade do Zodiac.

Numa sala de cinema quase vazia [à volta de oito espectadores], cadeiras desconfortáveis e com [muito] sono acumulado [o que significou alguns minutos sem ver o ecrã...], o filme não é tão brilhante como Seven nem tem a capacidade de manter o espectador atento durante os seus 158 minutos de duração...

Saldo final - 3,5 estrelas. As mesmas que Ruptura. Tem o mérito do argumento - mais interessante do que no Ruptura - mas perde pela sua duração demasiado extensa...

1.6.07

Tom Sawyer

Comemorando-se o Dia Mundial da Criança, deixo-vos a música inicial da série que, na altura, mais nos prendia aos ecrãs de televisão.
A energia e indisciplina de Tom Sawyer, a rigidez da Tia Polly, o enfadonho Sidney, o divertido e suposta má influência Huck ou a encantadora Becky.
Aqui fica a recordação...

31.5.07

Ruptura


Quebrando o jejum cinematográfico - a oferta não tem sido, para dizer a verdade, muito interessante - aparece-me o filme Ruptura.

Ao contrário do que sucede quando vou ao cinema, não li as críticas ao filme antes de o ver, por isso não fui conduzida por qualquer opinião pré-conceb(d)ida.

A personagem central - Ted Crawford - é encarnada por Anthony Hopkins. Quando descobre da traição da sua mulher, decide preparar o crime perfeito.
Mais do que a descoberta da melhor forma de conseguir a condenação de Ted, Beachum (Ryan Gosling) - o procurador encarregue de promover a acusação - o filme salva-se pela densidade moral que o envolve.

A melhor acusação, sem brechas. A par do reconhecimento pessoal e profissional. O ego-centrismo vivido por um jovem à procura do melhor local de trabalho, orgulhoso da sua percentagem (97%) de sucesso.

Fica o mote, para reflexão: Tudo tem uma brecha, por onde quebrará mais tarde ou mais cedo. O mérito está em encontrá-la.

Anthony Hopkins não supreende. Já todos se habituaram à qualidade da sua interpretação e à expressividade do seu rosto. Ryan Gosling consegue igualmente uma boa personagem.

O género está gasto (as inúmeras séries televisivas para isso contribuiram) e só o final torna o filme recomendável.

Saldo final: 3,5 estrelas (na esperança que o Zodiac seja melhor)

29.5.07

Vizinhos, vizinhas, vizinhanças




Comemora-se hoje - ao que se noticiou - o Dia Europeu do Vizinho. Como disse?

É mesmo verdade, parece que a culpa foi dos franceses [parisienes] que, num belo dia do ano de 1999, acordaram e descobriram que ainda não existia o Dia do Vizinho. E como candeia que vai à frente, ilumina muita gente... a luz da ideia acabou por iluminar também em Portugal.

Em várias cidades sucedem-se as iniciativas e o mote, nalgumas, é mesmo: "Convidar os vizinhos para beber um copo ou partilhar uma refeição pode não resolver os problemas sociais, mas este simples gesto pode ser um princípio."

Para aqueles que se lembraram deste dia, não devem conhecer a minha vizinha do prédio da frente que vem à janela de cada vez que chego a casa e, muitas vezes, pergunta pela família toda.

Também não conhecem os vizinhos barulhentos que cantam o genérico da telenovela "Vingança", às 5h da manhã.

Ou, então, a anterior vizinha do andar de baixo que, "encantada" com o barulho que fazíamos nos batia muitas vezes à porta... Nas situações em que bater com a vassoura no tecto de sua casa não resultava...

28.5.07

Dunas


[@ Praia da Agudela]

As melhores tardes de Domingo.

26.5.07

Nowhere Fast (Fire Inc.)

A história da banda (Fire Inc.) pode resumir-se a duas músicas lançadas para o filme “Streets of Fire”, de 1984. Uma delas – Nowhere Fast – é a que escolho recorrentemente sempre que preciso de uma fonte [musical e matinal] de energia.


everybody's goin' nowhere slowly
they're only fighting for the chance to be last
there's nothin' wrong with goin' nowhere, baby
but we should be goin' nowhere fast
it's so much better goin' nowhere fast

24.5.07

Frase do dia - iii


"Não faças aos outros aquilo que gostarias que te fizessem a ti. Os seus gostos podem ser diferentes dos teus". (George Bernard Shaw)

Tentativa de Shaw de aniquilar uma popular e suposta regra moral.

21.5.07

Cavalheirismos modernos


É tarefa difícil - para não dizer mesmo impossível - conseguir convencer qualquer elemento masculino a acompanhar-nos no percurso das compras.

Quando, por sorte, se conseguem convencer, quando muito eles ficam à porta, encostados ao gradeamento com um ar revelador da penosidade da sua tarefa, fazendo fila com outros do mesmo género que se deixaram arrastar.

Mas há outros, no entando, que levam o espírito de sacríficio [ou o cavalheirismo] até ao limite.

O cenário é uma perfumaria. Têm os dois um ar ainda teenager. Ela tem as unhas pintadas de castanho mas quer comprar/experimentar um verniz vermelho. E eis que, sabe-se lá como, consegue convencer o seu acompanhante a colocar o verniz vermelho nas suas unhas masculinas.

Isto sim, é cavalheirismo. Agora já não basta ficar à porta da loja, ou entrar e limitar-se a encolher os ombros, ou opinar desinteressadamente. Cavalheiro que é cavalheiro experimenta o verniz das meninas nas suas próprias unhas...

20.5.07

Off Cabaret



A certeza de que Espinho tem um conjunto de pessoas com a arte [o que quer que isso seja] a correr nas veias já tinha sido constatada no espectáculo anterior que trouxeram ao Porto.

Desta vez, no Auditório de Espinho [sabe-se lá como o GPS em forma de papel trocou-nos as voltas e atrasou a chegada...], a actuação consiste numa conjugação da Academia de Música de Espinho, o TPE - Teatro Popular de Espinho/Cooperativa de Espinho e Move’in-mento – Núcleo de Dança Contemporânea de Espinho.

A ideia é uma viagem no tempo e no espaço. No tempo, para o início do século passado quando reinava o can-can e a loucura que foi identificada com os "loucos anos 20". No espaço, para o palco e bastidores do mundo do espectáculo.

13 cenários, entre as aulas de ballet, o cabaret, a noite fria e os seus encantos e, até, o belicismo.

Em palco estão cerca de 40 artistas, divididos entre bailarinas, actores, cantores e músicos. O cenário tem imensa cor - como época e a sonoridade o reclamavam - e o guarda-roupa é escolhido a dedo.

A viagem no tempo termina no último "cenário/acto" com a Paródia Da-Da. Com o título inspirado, muito provavelmente, no último hit dos Da Weasel - Dialectos de Ternura. Um percurso por fragmentos do quotidiano do século XXI, culminando no êxtase...

Salientam-se, naturalmente, o divertido texto do Mr. Moustache, recordando o musical Moulin Rouge, a dança can-can pelas sincronizadas bailarinas, a tortura dos atilhos e espartilhos ou a disciplina de guerra sem esquecer a qualidade das vozes interpretando músicas da época ou o pianista que garante quase toda a "banda sonora" do cabaret.

O título "Off Cabaret" baseia-se, segundo o flyer, nas "histórias de fora e de dentro, da rua, das luzes da ribalta e das sombras dos bastidores. Dos in, dos on e dos off...".

Muito bem concebido e conseguido, tendo enchido o bem estruturado Auditório com um público diversificado que se divertiu e aplaudiu convictamente as cenas de um cabaret contadas (cantadas e dançadas) com mestria.




18.5.07

O recordista

Num dos noticiários ouvidos - distraidamente - numa estação de rádio [entre sucessivos zappings é difícil determinar qual era ao certo] ouvia-se o anúncio de mais uma tentativa portuguesa de figurar no livro dos recordes do Guinness. Qualquer coisa relacionada com camiões, se não estou em erro.

Os portugueses têm um especial interesse por quebrar os limites e ainda me lembro de alguns recordes batidos - um logotipo para promoção da organização do Euro 2004, uma bandeira portuguesa toda formada por mulheres, ou a feijoada em cima da Ponte Vasco da Gama.

Mas estes recordes - ainda que tenham algum interesse - não chegam aos calcanhares do rídiculo de alguns:

a) mulher com mais piercings - tem 720. Que beleza!


b) mulher com as unhas mais compridas - 7 metros e 51 cm (cada uma mede, em média, 70 cm...). Como????

c) o maior coleccionador de sacos de enjoo de avião (afinal existe mesmo - num dos primeiros posts deste blog dava conta deste tipo [estranho] de coleccionismo) - 5.034 sacos.


d) o maior número de nacionalidades dentro de uma sauna [quem é que se sujeita a isto?] - 38 nacionalidades.

e) a pessoa mais tatuada - com 100% do corpo tatuado...

Ainda dizem que os recordes portugueses são excêntricos...

16.5.07

A moda do "pisca-pisca"


Provavelmente inspirados pela música da Ruth Marlene - A moda do pisca pisca - os larápios [pelo menos os da Invicta] já se deixaram dos furtos de outrora.

Nada de tampões dos carros (agora os carros têm jantes), nada de antenas... Os auto-rádios tiram-se!...

Agora é mesmo os piscas... Nem mais. Esses não dá para tirar.

Consultada a oficina mais próxima e relatado o sucedido, confirma-se que o fenómeno não é novo: "Eles têm duas formas de actuação - podem até inclusivamente tirar os fios..." Com a sorte que tenho, deve ter sido fios e tudo.

Quando a moda eram os auto-rádios foi com o cd e tudo. Nada de terem o cuidado de deixar o cd. Um dos meus preferidos, por sinal...

É caso para dizer:

Eles olham para a direita, e pisca, pisca,
Eles olham para a esquerda, e pisca, pisca
Andam praí a piscar p'ra ver se arranjam conquista
Parece que está a dar, e que veio p'ra ficar
A moda do pisca, pisca

14.5.07

Cortar a meta

Tal como prometido, aqui ficam duas imagens dos festejos da subida do Leixões à I Liga.




[@ Estádio do Olivais e Moscavide]



[@ Matosinhos]

13.5.07

Olé, olé



O jogo, acabado há escassos minutos no estádio onde joga o Olivais e Moscavide, termina com 2-1 a favor de Leixões. Resultado que permite o acesso, mais do que merecido, à I Liga, 18 anos depois.

Já se ouvem os festejos nas ruas de Matosinhos e a cidade adormecerá, certamente, tarde.

Olé.

P.S. As fotos seguem em breve!

12.5.07

Leituras - ii

Voltei a ter à mesa-de-cabeceira [na realidade está na secretária, no meio de livros e papéis enfadonhos, mas essa imagem seria bem mais prosaica!], o livro Pensar, de Vergílio Ferreira. Para as leituras de meia-noite [ou do meio da noite, quando o sono não vem...].

Fragmentos de pensares dividos e numerados [ao todo, são 677]. Desta vez, fiquei pelo n.º 106, que aqui partilho:

"Trabalhar um livro até à minúcia de uma palavra. E depois um leitor engolir tudo à pressa para saber «de que trata». Vale a pena requintar um vinho para se beber como o carrascão?"

Frase que, metaforicamente, se pode aplicar a tantos contextos!!

10.5.07

Rural or Urban

Depois do youtube me ter trocado as voltas com a publicação do videoclip do José Cid (uns bons dias depois) aqui ficam as imagens de um concurso absolutamente hilariante... Isto sim - é um tesourinho deprimente!!!

8.5.07

Imagem do dia - VIII


Quando, da janela, se ouvem os cânticos calorosos dos estudantes e se recorda o último cortejo e todas as peripécias que o caracterizaram...

6.5.07

É um artista português - ii

A saga começou já há cerca de um ano neste post.

Quando toda a cidade do Porto se mobilizou para mais um início da Queima das Fitas, centenas de pessoas assistiam, no esgotadissímo Cinema Batalha [renovado mas com uma acústica que deixa muito a desejar], a um concerto de José Cid.

Aquele que, em relação a si próprio, diz: "Se o Rui Veloso é o pai do rock português, eu sou a mãe"... O que é certo é que mobiliza uma legião de fãs que se diverte com ele e que canta em uníssono clássicos como "A cabana junto à praia", "Vinte anos", "Ontem, hoje e amanhã", "Um grande, grande amor", "Cai neve em Nova Iorque" (adaptada, no refrão, para "faz-me falta o PORTO, para me sentir feliz") ou a inconfundível, e que rendeu a assistência, "Como o macaco gosta de banana"...

Faltou aquela que é, muito provavelmente, a melhor letra do verdadeiro artista - "A pouco e pouco", com estes versos hilariantes:

São 7 e meia, amor
Tens de ir trabalhar

Acordas-me com um beijo
E um sorriso no olhar
E levantas-me da cama
Depois tiras-me o pijama
Faço a barba
E dá na rádio
O Zé Cid a cantar

Apanho o Autocarro
Vou a pensar em ti
Levas os miúdos
Ao jardim infantil

Chego à repartição
Dou um beijo no escrivão
E nem toco a secretária
Que é tão boa!

(Refrão)
A pouco e pouco se constrói um grande amor
De coisas tão pequenas e banais
Basta um sorriso
Um simples olhar
Um modo de amar a dois (bis)

Às 5 e meia em ponto
Telefonas-me a dizer:

Não sei viver sem ti amor
Não sei o que fazer

Faz-me favas com chouriço
O meu prato favorito
Quando chego para jantar
Quase nem acredito!

Vestiste-te de branco
Uma flor nos cabelos
Os miúdos na cama
E acendeste a fogueira
Vou ficar a vida inteira
A viver dessa maneira

Eu e tu e tu e eu e tu e eu e tu

Refrão


(Letra e música José Cid, 1979).

Sabe-se lá porquê que chega à repartição e dá um beijo ao escrivão, porque motivo ouve "Zé Cid" na rádio (referido na própria letra de José Cid - isto sim é publicidade inteligente!) ou pede "favas com chouriço" para jantar...

Não se limita a cantar. Frisa que:
- tem "50 anos de carreira",
- tem "65 anos",
- "na minha juventude, quando não era tão giro como agora"
- "o Elton John pede roupa emprestada à rainha de Inglaterra e toda a gente sabe que ela é uma pirosa" e ainda [a melhor da noite],
- "eu sou melhor que o Julio Iglesias. Eu ponho um disco à frente, a ele bastava uma caneta"...

É por estas e por outras que continua a esgotar todas as salas por onde passa e que garante 2 horas de pura diversão! A repetir, sem dúvida...

3.5.07

Hit's



Você é "Take On Me" dos A-Ha (1985): O seu lema é o de nunca perder a sua pose sempre muito cool. Gosta de impor respeito naqueles que o rodeiam e é capaz daqueles olhares que congelam (no bom ou no mau sentido) o seu alvo. De espírito prático mas por vezes demasiado durão.

Um teste muito divertido. Com referências às míticas gorila, às bombocas, aos discos de vinil, à revista Bravo e ao Spectrum.

E descansem aqueles que se intrigaram com a última foto, que o post já não é o primeiro que aparece!

30.4.07

Lagartos...

Lagarto difícil de dominar... Para a próxima não dá para nos fazerem o jeitinho, não? É que nós queríamos mesmo erguer uma taça este ano!

29.4.07

O spray e a arte


Mais uma vez, o Museu de Serralves volta a apostar na cor.

Saliento, desta feita, a originalidade da alemã Katharina Grosse, com a criação intitulada "Atoms outside eggs" que aproveita um jogo de cores fortes e surpreedentes com réplicas de átomos gigantes. Quer alojados no solo quer imaginados nas paredes.




Para ver, no Museu de Serralves, até ao próximo dia 1/7.

28.4.07

Rotinas


Numa análise mais atenta dos rotineiros de Sábado de manhã conclui-se que a rotina deve trazer alguma tranquilidade. Todos os Sábados são os mesmos que escolhem aquele café para tomar o pequeno almoço. Um café que, em si, não é extraordinário. A decoração é a mesma há anos.

O empregado é sempre o mesmo.

Assim como os clientes.

Tomam o mesmo pequeno almoço todos os Sábados.

Sentam-se nas mesmas mesas. Os mesmos sentados nas mesas à entrada. Os mesmos sentados nas mesas do canto.

Lêem os mesmos jornais.

Até o empregado diz as mesmas piadas: "Já que vai ser ela a pagar, não quer escolher mais nada?". Sorri da sua própria piada.

Aos mesmos clientes, quase nem pergunta qual vai ser o pequeno almoço. Apenas confirma: "O costume?" "Sim, o costume", ouve como resposta.

Está lá o casal que leva o bébé. Nem sempre chora. Mas quando chora provoca os mesmos comentários e sorrisos.

Há sempre alguém que fala ao telemóvel com a mão à frente da boca [como se estivesse a conspirar algo inenarrável].

Será que a ausência num dos Sábados ou a escolha de uma outra mesa ou de um outro pequeno almoço consistiria numa ousadia que afectaria o curso da semana?

[Divagações escritas à mesa de café...]

25.4.07

Imagens do dia - VII


[A rotunda coberta de cravos]



[Praça Cidade S. Salvador, que a população baptiza como "A Rotunda da Anémona", escultura de Janet Echelman]


23.4.07

Uma cidade em Jazz



O Festival Internacional de Jazz de Matosinhos comemorou, este ano, a sua 11ª edição e, pela sessão de encerramento (no passado Sábado, na Exponor), é caso para dizer que o público continua a aderir a este género musical, sendo a qualidade dos artistas inegável.

A primeira parte foi entregue ao Mário Franco Quinteto, com o saxofonista David Binney. Cumpriu a função de aquecer a plateia mas não arrancou grandes manifestações de apreço. Saliento, apesar de tudo, a excelente performance do guitarrista.

A segunda parte foi a cereja em cima do bolo. Benny Golson, com uns poderosos 78 anos, na companhia do seu fantástico saxofone, vai interagindo com o público, pedindo aplausos frequentes para os músicos que o acompanhavam (Benny Green Trio) e justificando a origem das canções, em especial a divertida "Along Came Betty".




Uma especial palavra é devida, inevitavelmente, para Benny Green. Um pianista exímio que conseguiria, só por si, fazer todo o espectáculo. A qualificação que lhe é dada, como pianista de jazz "hard pop" assenta-lhe como uma luva. Forte e consistente.

É impressionante a sua capacidade de tocar de lado para o piano [como a foto documenta], deixando transparecer que aquilo que faz é o mais natural possível que até lhe permite apreciar a actuação como se fosse um mero espectador, ao mesmo tempo que ausculta a reacção da assistência.

Divertido e genial.

Agora só para o ano. Na mesma cidade, claro.

19.4.07

300



Arrastada para um filme que não queria ir ver, atendendo ao género em que se inseria, posso concluir que me supreendeu.

Realizado por Zack Snyder e apresentando um - modificado - Rodrigo Santoro, na pele do autoritário Xerxes, o filme, que pretende retratar a Batalha de Termópilas vale pela fotografia e pelos efeitos visuais e não tanto pelo argumento ou pela qualidade da representação dos actores.

O tom "sépia" que serve de cenário à maior parte do enredo torna-o num filme algo surreal ou onírico e aí reside a sua originalidade. O mesmo se refira em relação a outros efeitos visuais e sonoros (a banda sonora é consistente), comprovando que as novas tecnologias emprestam uma mais-valia inegável à sétima arte.

O argumento não oferece nada de novo - a luta de poucos pela liberdade contra a opressão de um persa que pretende a subjugação do povo espartano. Ou, ainda, o orgulho de se "morrer em combate".

Apesar da "aparente" pobreza do argumento, julgo que o realizador não terá tido sequer a intenção de imprimir riqueza aos diálogos. Basta-se - o que já é muito - com um filme bem concebido, estruturado, em género de BD, com movimentos de combate visualmente ricos.

A controvérsia que o filme levantou, relacionada, sobretudo, com a censura do Irão devido à imagem que perpassa dos persas, pode suscitar um interesse acrescido para o seu visionamento.

Saldo final: 4 estrelas.

18.4.07

Do outro lado do Atlântico

Pensava eu que nada conseguia bater - em eloquência - os provérbios portugueses. Vejam lá o meu TOP 5 dos provérbios e ditados brasileiros (alguns deles podem ter sido inspirados nos ditados portugueses) que comprovam que, do outro lado do atlântico, o povo é, sem dúvida, eloquente:

1 - Sinal na perna mulher de taberna.
2 - Quem vê arder a barba do vizinho, põe a sua de molho.
3 - Quando a barriga está cheia, toda goiaba tem bicho.
4 - Deixa estar, jacaré, que a lagoa há de secar.
5 - Quem à semana bem parece, ao domingo aborrece.

15.4.07

The Diary of Jane (Breaking Benjamin)

O grupo tem a sua formação em 1998 e as raízes - óbvias - da sua sonoridade encontram-se no grunge. Ainda que em Portugal não tenham atingido os tops de vendas - não são músicas que agradem a qualquer um - conseguiram, pelo menos, o meu reconhecimento com o primeiro single (The Diary of Jane) do último álbum (Phobia).
Aqui fica o tema, que muito poderia ser a banda sonora deste espaço.

Something's getting in the way
Something's just about to break
I will try to find my place in the diary of Jane
So tell me how it should be

13.4.07

Miudezas e pequenas coisas



São poucos os livros que reli. Ontem - impulsionada por uma conversa "de trivialidades pouco comuns" - fui atirada, novamente, para um livro com que me deliciei há uns bons anos atrás.

"O Deus das Pequenas Coisas", de Arundhati Roy. A 1ª Edição do livro em Portugal é de Maio de 1998. O meu tem, escrito numa caligrafia que já não é a minha, "8/1999". Quase 8 anos [como o tempo corre como um cavalo sem freios...].

O esfolhear repetido conduziu à descoberta de passagens que ainda guardava - ainda que nebulosamente - na minha memória e que aqui partilho.

"Segundo Estha, se tivessem nascido no autocarro poderiam ter usufruído de viagens de autocarro gratuitas durante o resto da vida [...] durante anos a fio os gémeos guardavam um leve ressentimento contra os pais por estes os terem deserdado de uma vida inteira de viagens de autocarro gratuitas.
Também acreditavam que, se fossem atropelados numa passadeira, o Governo pagaria os seus funerais. Tinham a certeza de que era para isso que as passadeiras existiam. Funerais pagos." (pág. 15).

"Quem era?
Quem poderia ter sido?
O Deus da Perda.
O Deus das Pequenas Coisas.
O Deus da Pele-de-Galinha e dos Sorrisos Súbitos.
Só poderia fazer uma coisa de cada vez.
Se a tocava, não lhe podia falar. Se a amava não podia partir, se falava não podia escutar, se lutava não podia ganhar." (pág. 293)




Deixo, então, o convite à reflexão quanto às Pequenas Coisas (seja a Pele-de-Galinha ou os Sorrisos Súbitos ou, acrescentaria eu, o Olhar Devolvido ou um Telefonema Demorado), que são, muito frequentemente, olvidadas.

10.4.07

Réplica quase perfeita

O original - "Coquelicots à Argenteuil" (Claude Monet, 1873). Óleo sobre tela.
Impressionismo.



A réplica - @ Marco de Canavezes (2007). Fotografia.
Impressionante.

7.4.07

Comédia e pipocas

A comédia - enquanto género de cinema - não costuma ser premiada e é, segundo as opiniões dos críticos, um cinema menor. Como se a arte de fazer rir fosse, em si, considerada menos inteligente e menos criativa.

Não tem de ser necessariamente assim. E a comprová-lo está, por exemplo, uma das melhores comédias dos últimos tempos - a que já me referi aqui, por diversas vezes - "Uma família à beira de um ataque de nervos". Uma comédia [com algum humor negro, devo reconhecê-lo] cujo argumento nos acompanha mais do que o tempo de visionamento do filme.

A comédia de pipocas não atrai os críticos mas atrai as massas. Pelo riso momentâneo, pelos momentos de descontracção, pelo acompanhamento de pipocas.

Atendendo à oferta pouco interessante - depois de um início de ano extremamente rico - de filmes actualmente, fui atirada [com o espírito de sacrifício que caracteriza a época...] para duas comédias, de registo diferente entre si, mas que são, para mim, comédia-pipocas.


1) Mr Bean em férias

Garante-nos o próprio Rowan Atkinson que será a última vez que representa a personagem solitária de Mr Bean.

Após mais de 20 anos de série televisiva, e dois filmes, a actor despe(de)-se da personagem.

Para quem gosta da série, vai, naturalmente, divertir-se com o filme. Eu, confesso, que não me seduz o género. A personagem a quem tudo de ridículo acontece, até o mais inconcebível. Não gosto do Mr Bean assim como não gosto dos "apanhados". É talvez daqueles "não gosto e pronto". Sem explicações lógicas.

Neste filme, Mr Bean ganha uma viagem à Riviera Francesa e as peripécias sucedem-se umas atrás das outras. Chegado a Cannes, salva-se o filme e chega a surpreender. Gosto de finais assim.


2) Norbit

Eddie Murphy regressa - uma vez mais - ao género de comédia em que encarna várias personagens num só filme. Ele é Norbit, ele é Rasputia, ele é Mr. Wong.

O primeiro vive na sombra da sua mulher [de peso]. A segunda é a mulher [dominadora] do primeiro. E o terceiro é o proprietário de um restaurante que acolhera Norbit, orfão. Todos eles interpretados por Eddie Murphy e cuja caracterização é de louvar.

Mas a fórmula já não é nova. O actor já a tinha utilizado [melhor] em "The Nutty Professor", daí que aqui não haja grande criatividade.

Diverte, ao sabor das pipocas e das gargalhadas da sala.

Leva, cada um, 3 estrelas. Cumprem a função de divertirem o espectador durante a exibição. Mas pouco mais. E, para mim, um bom filme requer [muito] mais do que isso.

4.4.07

Começar o dia

A melhor maneira de começar o dia (principalmente numa semana em que quase todos estão de férias):

1. Desafiar o despertador.

2. Arranjar um lugar para estacionar meio manhoso (sabe-se lá como e se encontrarei o carro no final do dia...).

3. Tentar sair do sítio meio manhoso sem partir os tacões (nem sempre é fácil).

4. Chegar atrasada ao escritório.

5. Chegar ao elevador e verificar um papel colado na porta do mesmo:

"Equipamento em revisão. Lamentamos o incómodo."

Lamentam, é? Importam-se de repetir?


6. Subir vários (muitos!) lances de escadas.

7. Chegar estourada.

8. Pensar - já não tenho idade para me deitar tarde, dormir pouco, estacionar em sítios manhosos, subir escadas e ficar a sorrir para o resto do dia!

2.4.07

À mesa


"A boa etiqueta estraga a boa mesa".