30.11.06

O novo Bond


Com toda a controvérsia que envolveu a substituição do anterior agente secreto (Pierce Brosnan) pelo actual (Daniel Craig), é natural que a atenção em relação ao "novo" personagem fosse considerável.

"Casino Royale" apresenta-nos um Bond ainda nos seus primórdios, quando ainda não se utilizava, recorrentemente, a expressão "Bond. James Bond" ou quando a bebida de referência ainda não era "Vodka Martini. Shaken. Not stirred".

O argumento está aqui especialmente enriquecido, sem necessidade de recorrer a "muletas" que constituem as cenas de acção com grandes efeitos especiais.

A acção central é atirada para uma mesa de jogo e vencerá quem melhor conseguir distinguir o "bluff" do jogo transparente.

Que não venham alegar que "um James Bond não pode ser loiro de olhos azuis" ou que nada substitui o sorriso de Pierce Brosnan.

O ditado é antigo - não há pessoas insubstituíveis - e Daniel Craig prova-o, mesmo com o seu olhar azul ou o sorriso arrancado a ferros.

Algumas pérolas - as paisagens italianas, a postura inflexível de M. (brilhante, uma vez mais Judi Dench) ou o jogo de bastidores entre a CIA e o MI6.

Gostei muito. E recomendo.

27.11.06

O início da saga


Começa normalmente ainda em Novembro, quando ainda temos paciência para ver as oferendas com calma. Este ano não foi excepção.

Aproveitando a ausência de chuva, mas com o frio a não dar trégua, atiramo-nos para a Rua de Santa Catarina, com um propósito - "não vamos para casa com menos de três presentes". E cumprimos.

Para isso, tivemos que entrar em cerca de 40 lojas [algumas mais do que uma vez, confesso], discutir, divergir e lá se compraram as ditas 3 prendas [em cinco horas, não é lá muito boa média...].

Fica a nota que a Rua de Santa Catarina continua a ser linda na altura do Natal, muito bem iluminada e com o fumo das castanhas a entrar pelas lojas dentro. Imperdível!

Até ao dia 24 de Dezembro, vão ser assim todos os fins-de semana. Em busca "daquele" presente perfeito que muito se procura e não se encontra. Ou daquelas "lembranças" compradas à última da hora.

Pelo meio, ainda terei de arranjar tempo para a árvore. Que este ano me cabe a mim enfeitar [é o castigo por estar sempre a dizer que "devia estar assim" ou "não está bem dessa maneira"...].

25.11.06

Palavra do dia - i

Menoscabar - (v) - reduzir a menos, tornar imperfeito; (fig) desprezar, difamar.

Uma bela escolha, cara homónima.

Conjugado com o (im)popular ditado: "Se não os podes convencer, confunde-os".

24.11.06

Saudades


Do sol, da praia, do descanso, de acordar tarde...

Eu sei que a imagem é uma violência nesta altura do ano. Mas é onde queria estar neste momento!!!




[@ Dubrovnik]

21.11.06

Trabalhar engorda


Passando a publicidade, há correio que vale a pena...

Uma tablete de chocolate Toblerone para cada um dos elementos do escritório.

Sem qualquer justificação. Há minutos... Há surpresas que valem a pena.

Alguém é servido? Acho que ainda há um triângulo!

19.11.06

Rituais - iii

Não consegui resistir a voltar a falar dos rituais de Tom Cruise e Katie Holmes. Já tinha recordado a intenção do artista se alimentar da placenta da sua filha num post já antigo.

Agora, em ritual de casamento dos ditos, chegou ao público as oferendas que Tom vai dar à sua nova mulher em virtude do casamento.

Influência ou não da crença na Cientologia, fiquem os leitores a saber que serão três prendas:

um pente




uma panela




e um gato.

Nem mais.

Face a isto, resta-me dizer:

Um pente não o queria nem que fosse banhado a ouro ou até em ouro maciço com diamantes!

Uma panela não é prenda que se dê. Um presente envenenado - "toma lá uma panela para me fazeres um jantar!!"

Um gato nem me pronuncio...

É para a Katie aprender a fazer listas de casamento!!!

P.S. De gatos não publico fotos. Não os suporto!

17.11.06

Do alto do meu salto - ii


Na sequência do post anterior e reconhecendo o meu desconhecimento quanto à questão, fiquei a saber que os saltos altos foram inventados para o meio desportivo.

Sim. É mesmo verdade. Algures pelos anos de 1500 pensou-se em criar um calçado que melhor se adequasse à arte de cavalgar. Como o cavaleiro tinha que colocar o seu calcanhar o mais para baixo possível [algo que sempre tive dificuldade em fazer "andou no ballet?", perguntava-me o professor...], haveria que criar um calçado com peso nessa parte.

E assim surgiram os saltos altos. E esta não sabiam, certo?

14.11.06

Do alto do meu salto


Não é normal conseguirem arrancar-me um sorriso quando ainda não são 9h00 da manhã. O mais certo é verem-me o ar de sono e pouco mais.

Mas hoje lá dei uma gargalhada na sequência da pergunta:

"Com esses saltos não parece que estás em cima de umas andas?"

Tinha que vir da ala masculina. Desconhecedora da arte de caminhar com saltos altos.

13.11.06

Descomplicómetro



Pena é que não dê para todos os problemas...

12.11.06

A maior actriz de cinema viva?

Não era o propósito da deslocação ao cinema, mas a escolha de filmes era demasiado limitada...

"O Diabo veste prada" é todo ele suportado por uma actriz várias vezes qualificada como a maior actriz de cinema viva.






Meryl Streep passou por todos os registos e conseguiu provar que é das melhores seja qual for o filme onde representa. Seja no drama ou na comédia. Desde o brilhante "Casa dos Espíritos", passando pelo "As pontes de Madison County" ao menos esperado "O Diabo veste prada".

A partir de determinado ponto na carreira, tendem os grandes actores preferir os dramas às comédias. Como se a comédia fosse uma arte menor.

O que distingue Meryl Streep dos supostos "grandes actores" e que a torna, sem dúvida, das melhores é a sua capacidade de tornar um filme leve numa película muito bem conseguida. Com a sua postura inigualável e com um poder de controlo das expressões que poucos conseguem.

O "Diabo veste prada" reflecte o mérito da actriz que, representando a directora de uma revista de moda, cria uma personagem obcecada pela imagem e pelo trabalho, levando a um estado de quase loucura aqueles que com ela [ou para ela] trabalham.

Recomendo. Quanto mais não fosse para confirmar a certeza de que é uma das maiores actrizes de cinema viva. Pelo menos para mim.


10.11.06

Imagem do dia - iv


Uns baptizaram-na de foto "todos diferentes, todos iguais", eu baptizo-a de "recordações (e consequências) de um divertido serão alentejano".

8.11.06

Imagens do dia - iii

Não há uma sem três. E, para acompanhar o fabuloso dia de sol, aqui ficam umas belas imagens que demonstram a (in) utilidade de utilização de uma carrinha para transporte.






7.11.06

Lados lunares



"Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

[...]

Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que 'normalidade' é uma ilusão imbecil e estéril."


[Oscar Wilde]

Que tendência é a nossa de identificar um padrão de normalidade e, a partir daí, catalogar como desviante ou 'anormal' algo que fuja a essa padrão?

Ao ler este texto de Oscar Wilde fui imediatamente remetida para o fabuloso "Lado Lunar", de Rui Veloso e recordei aqueles versos: "Mostra-me o avesso da tua alma/ Conhecê-lo é tudo o que eu preciso/ Para poder gostar mais dessa luz falsa/ Que ilumina as arcadas do teu sorriso".

5.11.06

Fotografia


[de Finbarr O’Reilly, foto do ano 2005, premiada por World Press Photo]


“Cada vez que yo me voy
Y al lado de mi piel tus fotografias
Para verlas cada vez
Que tu ausencia me devora entero el corazón
Y yo no tengo remedio más
Que amarte...

En la distancia te puedo ver
Cuando tus fotos me siento a ver
en las estrellas tus ojos ver
Cuando tus fotos me siento a ver

Cada vez que te busco te vas
Cada vez que te llamo no estas
es por eso que debo decir que tu solo en mis fotos estas.”

Fotografia, Juanes e Nelly Furtado


Guardo centenas de fotografias. Umas em álbuns, as mais antigas, outras em caixas de cartão e, as mais recentes, em ficheiro.

Apesar das vantagens das fotografias digitais, sinto saudades de as observar em papel, de passarem de mão em mão e de se dizer, por vezes de forma injuntiva, "cuidado com as dedadas".

Tiro muitas fotografias. Demasiadas, talvez. Na falta da máquina, aparece o telemóvel.

Vem esta reflexão a propósito da “World Press Photo 2006” que viajou até ao Fórum da Maia, uma vez mais.

Como vem sendo tradição, visitámos a exposição em dia de chuva e o sentimento no final da mesma é sempre o mesmo – perdemos a noção do tempo e somos atirados para as recordações do ano que passou, através da imagem, da fotografia.

Os grandes acontecimentos estão todos retratados – as catástrofes, as guerras (muitas), o subdesenvolvimento, as condições de vida miseráveis.

É preciso, inevitavelmente, um estômago preparado para o poder daquelas imagens.

Há também lugar para fotografias de belos momentos, entre as quais saliento as do Desporto e da Natureza.

A mais-valia da fotografia, como veículo de informação, em relação à imagem da televisão, reside no facto de permitir uma reflexão. A cristalização de um momento. Para recordar.

Aconselho vivamente. Até ao dia 19 de Novembro, no Fórum da Maia.

1.11.06

A personalidade através do sono


Chegou à minha inbox já há algum tempo e, ainda que não tenha confiado inteiramente no resultado, achei com algum interesse.

Será que o modo como dormimos implica determinada personalidade?

Para quem tenha curiosidade:

a) De costas, com braços e pernas abertos
Que espírito de liberdade! Adora o conforto, venera a beleza, é um verdadeiro esbanjador e adora uma boa "fofoca".

b) De lado e encolhido
É egoista e vingativo, sobretudo com as pessoas que lhe "pisam os calos".

c) De costas - pernas cruzadas
As pessoas que dormem nesta posição são definidas como obessessivas e têm muita dificuldade em aceitar as mudanças. Porém, têm como prioridade a solidariedade e são muito tolerantes.

d) De lado, em cima de um braço
Quem dorme nesta posição costuma ser uma pessoa gentil, sincera e amorosa. Mas, deveria aprender a aceitar melhor os seus erros e imperfeições.

e) De costas, com os braços cruzados em baixo da cabeça
É muito inteligente e adora aprender. Por vezes, tem ideias que dificilmente são compreendidas pelas outras pessoas. É uma pessoa que se preocupa com a família, mas muito exigente no amor.

f) De lado, com uma perna flectida
Tende a ser escandalosa e passa a vida a reclamar. Geralmente, faz uma "tempestade num copo de água" e é muito nervosa. Deve, pois, ter em conta que a vida não é um jogo de apostas.

g) De barriga
Se dorme nesta posição durante toda a noite, é uma pessoa manipuladora e um pouco imprudente.

h) De lado, a abraçar a almofada
Sente-se sozinho e deprimido, porque pensa muito no passado e nos erros que cometeu. É indeciso e dá a impressão às outras pessoas que o amor não é importante.

i) De lado
Indica que é uma pessoa em quem se pode confiar. Geralmente, tem sucesso nos seus projectos. Diz-se que as pessoas que dormem para o lado direito, tendem a ter poder e fortuna.

j) Posição desconhecida: coberto até à cabeça
Geralmente são pessoas que se mostram muito fortes mas que, no fundo, são tímidas e frágeis. Também são pessoas misteriosas, e quando têm algum problema, guardam-no para si e não procuram ajuda entre familiares e amigos.