30.1.07

Soprar a 1ª vela


Há um ano foi assim...

365 dias depois, mais de 180 posts, entre textos sobre cinema, eloquências, curiosidades, gourmet, política, pormenores, fugas, testes, música e inclassificáveis...

Enquanto houver tempo (cada vez menos, reconheço) e inspiração (conforme sopra o vento) continuarão estas fugas!

27.1.07

Imagem do dia - v


Sair da casca...

26.1.07

Previsões e apostas (a quatro mãos)






No seguimento das previsões em relação à entrega dos óscares em 2006, aqui ficam algumas apostas em relação a 2007. Desta vez, no entanto, foi lançado o repto ao Mr. Sherlock, que o aceitou sem reservas, para deixar, também aqui, as suas previsões.

Dada o facto de a cerimónia ainda vir longe - dia 25 de Fevereiro - pode implicar que, mais perto da data, os nomes dos potenciais vencedores comecem a vir a público.

De qualquer forma, aqui ficam alguns nomes:

- Melhor filme

Por quem torce a Joaninha: Babel
Por quem torce o Mr. Sherlock: ganha o Babel. Como bom súbdito de Her Royal Majesty the Queen, escolha é óbvia. Ambos actuais e políticos q.b., como parece ser a tendência deste ano.
Qual o nome que se deve ouvir: Babel







Ficaria a Joaninha extremamente satisfeita se, para surpresa de muitos, ganhasse o Little Miss Sunshine.
O palpite de Mr. Sherlock: nunca se sabe, eles agora lá na América descobriram o cinema independente e nunca se sabe. Mas duvida, tendo em conta que é uma forte crítica à estupidez da América profunda e os seus beauty contests estúpidos.










- Melhor realizador



Por quem torce a Joaninha: Martin Scorsese
Por quem torce Mr. Sherlock: Elementar… Mr. Scorsese. Cá em Londres mexicanos só tortillas e burritos…







Qual o nome que se deve ouvir: Alejandro González Iñárritu







Caso se mantenha a tendência de não coincidência entre o vencedor do melhor filme com o do melhor realizador, é possível que o nome corresponda a Scorsese...
Mr. Sherlock apenas acrescenta: Elementar.

- Melhor actor
Por quem torce a Joaninha: Leonardo Di Caprio (Blood Diamond)
O palpite de Mr. Sherlock: Bem, eu do Titanic gostei mesmo foi da Kate Winslet. Por isso, e como na categoria em que ela está nomeada já tenho favorita vai Kate Winslet como melhor actor...

















Qual o nome que se deve ouvir: Forest Wittaker (The Last King of
Scotland)


O palpite de Mr. Sherlock: Também acho. Mais uma vez a vitória do trabalho de actor, com um nome vindo da indie cene, à semelhança do Seymour Hoffman o ano passado.
E, para a Joaninha, Leonardo Di Caprio também poderia ser justamente nomeado e vencedor com o filme Departed.

- Melhor actriz


Por quem torce a Joaninha: Meryl Streep (The Devil wears Prada)
O palpite de Mr. Sherlock: Apesar de se pensar que todo eu sou frio e nevoeiro, há muito salero aqui em Baker Street. Elementar… Miss Cruz e sú charme espanpanánte e los planos marotos de Almodovar.



Qual o nome que se deve ouvir: Helen Mirren (The Queen)

O palpite de Mr. Sherlock: Elementar… Obviously.






- Melhor actor secundário






Por quem torce a Joaninha: Alan Arkin (Little Miss Sunshine)



Qual o nome que se deve ouvir: Eddie Murphy (Dreamgirls)

O palpite de Mr. Sherlock: Torço e ganha este caríssimo amigo que tem vindo a evoluir. Eu sempre disse que o convívio com ogres carecas fazia bem…




Falta na lista de nomeados Jack Nicholson, com a sua interpretação em Departed...


- Melhor actriz secundária
Por quem vou torcer: Adriana Barraza (Babel)











Qual o nome que se deve ouvir: Jennifer Hudson (Dreamgirls)







O palpite de Mr. Sherlock: E é bem feita para a gorda da Beyonce que tem a mania que por ser guetto fabulous e ter um gangsta boyfriend e um cocha digna do KFC manda em tudo e é actriz…


Louva-se que a Academia não tenha esquecido o Little Miss Sunshine que foi, para a Joaninha, das melhores tragi-comédias cinematográficas de sempre.

Salientamos, pela negativa, a ausência de Volver, na categoria de Melhor Filme Estrangeiro, apesar de se terem lembrado de Penelope Cruz para a nomeação como Melhor Actriz.

- Melhor curta de animação:

O palpite de Mr. Sherlock: Aqui puxo a brasa à minha sardinha e aconselho a procurarem no Youtube (sim cara RTP agora que é viciada procure lá que não se arrependerá…) o Maestro de Gaza Toth e o Danish Poet, ambos premiados num certo festival para os lados de uma cidadezita a sul da invicta where the streets have no names…

A signatária desresponsabiliza-se de eventuais falhas na previsão da bola de cristal... É que de Hollywood até ao Porto ainda são alguns quilómetros... e muitas interferências!

O palpite de Mr. Sherlock: pois nem o meu poder de dedução é infalível e apesar de Nova Iorque ser logo ali em frente, a entrega dos Oscars é do outro lado o que não dá jeito nenhum.

P.S. Venham outras iniciativas em conjunto!

25.1.07

Cartazes e argumentos

Não tenho por hábito, neste espaço, fazer conjecturas de índole política. E, para dizer a verdade, o futuro referendo em relação à despenalização da interrupção voluntária da gravidez é muito mais ou, pelo menos, algo diferente, de uma discussão política.

Apesar desta ausência de conjecturas políticas, não resisto a demonstrar alguma perplexidade em relação ao conteúdo dos cartazes do "NÃO" expostos pela Invicta.

A argumentação aí exposta parece-me pouco credível, apelando a conhecimentos de futurologia. Como é que se consegue afirmar que o voto no "SIM" vai aumentar o número de abortos? Não existem dados dos actuais, como se pode fazer a comparação? Essa conjectura?

Não está em causa a defesa ou não do aborto. Em relação ao aborto propriamente dito, acredito que a maioria está contra. O que se discute é a despenalização. É essa distinção que a campanha pelo "NÃO" tem, quanto a mim, tentado diluir.

Espero que, até ao dia 11 de Fevereiro, a discussão - que acho saudável - não caia na banalidade, nem recorra a argumentos pobres e inconsistentes ou se confunda com uma discussão religiosa e/ou moral.

Os cartazes em questão podem ser vistos aqui.

23.1.07

Trocar o teclado

O meu futuro teclado...





E não venham dizer que não se deve comer no local de trabalho!!!

21.1.07

O furo jornalístico


Para quem se rendeu a Match Point não espere de "Scoop" o mesmo efeito.

Woody Allen realizou aqui um filme muito diferente. Igualmente bem feito e genial (isso é inegável), mas com o efeito surpresa - a que já nos habituou - mais diluído.

Mantém, no entanto, Scarlett Johansson e o cenário londrino e aplaude-se o seu próprio regresso às luzes das câmaras, depois de ter estado ausente delas em Match Point.

Scarlett é uma aspirante a jornalista (Sondra Pronsky) que se vê dividida entre a evidência das provas da autoria de um homicídio e o encanto sentido pelo alegado autor do crime.

Humor q.b., um bom argumento, belos cenários e Woody Allen inigualável nos seus tiques, nos seus modos, na sua natural capacidade de nos roubar uma gargalhada quase em cada momento em que a sua personagem fala.

Woody Allen - do qual sou absolutamente fã - não enche salas de cinema. E, julgo, deixou de ser sua intenção [se é que alguma vez o foi]. Faz filmes relativamente simples, sem grandes efeitos especiais e diverte-se ao fazê-los.

Brinca com as palavras. Com aquilo que é levado "a sério" pela generalidade das pessoas (como seja a morte e o que acontece, ou não, depois dela) e não se preocupa em evitar o rídiculo. Procura-o. E é isso, muito provavelmente, aquilo que o distingue de um mero realizador/actor.

Não tem as 5 estrelas que tem o Match Point. Mas leva 4,5!!

19.1.07

Frase do dia - ii

"What goes around, comes around".

Ditado (im)popular de Autor desconhecido.

17.1.07

O que se decide fazer e o que (não) se faz

Ousaria apontar que cerca de 75% da Humanidade faz resoluções para cada ano novo. E, diz-se por aí, que é compreensível.

Ano novo, vida nova. Fazer o que não se fazia; deixar de fazer o que nunca se devia ter feito, por qualquer motivo.

Ainda na continuação das minhas estatísticas, diria que, ao fim de uns tempos, 75% das pessoas desistem das resoluções de ano novo.




Por isso é que deixei de as fazer... À cautela...

15.1.07

Frase do dia - i


"Não há normas. Todos os homens são excepção a uma norma que não existe."

(Fernando Pessoa)

13.1.07

As maravilhas


Aproveitando o facto de ser o país anfitrião para a divulgação das Novas Sete Maravilhas do Mundo, surgiu a ideia de eleger também as Sete Maravilhas de Portugal.

A votação para as Maravilhas portuguesas está aberta em www.7maravilhas.pt.

Já votei e se a memória não me atraiçoa a minha escolha recaiu sobre:
- Igreja e Torre dos Clérigos, por motivos óbvios...
- Mosteiro dos Jerónimos, a que me rendi há cerca de um ano.
- Torre de Belém, pela sua imponência.
- Castelo de Guimarães. Se pudesse votava em toda a cidade. Gosto muito da sua organização e da forma inteligente como soube aproveitar e preservar o centro histórico.
- Palácio Nacional da Pena, pelas suas cores vivas e pelo verde envolvente.
- Universidade Coimbra, pela relevância histórica e por ter servido de pretexto para conhecer a cidade.
- Ruínas de Conímbriga, pelo valor arqueológico.

Quanto às Maravilhas do Mundo, a escolha não é fácil e pode ser feita em www.new7wonders.com.

A minha escolha (que não vai corresponder, muito provavelmente, aos que efectivamente serão eleitos):
- Pirâmides de Gizé, Egipto;
- Coliseu de Roma;
- Taj Mahal, Índia;
- Grande Muralha da China;
- Torre Eiffel;
- Estátuas da Ilha da Páscoa, Chile;
- Ópera de Sidney, Austrália.

Cada uma das 21 opções tem a sua simbologia, como se pode ver no site. Façam as vossas apostas!

11.1.07

A condição humana


Com o título do post, quase que seria remetida para aquela penosa investigação em relação à obra de Hannah Arendt.
Em vão, tentávamos perceber a distinção entre "vita activa" e "vita contemplativa". Quando releio aquelas 15 páginas escritas sobre "A condição humana" e sobre "A banalidade do mal", relembro a proposta da Autora de aceitar a pluralidade, a diferença e de apelo àquilo que caracteriza a humanidade que é a dignidade. A condição humana.

Foi Hannah Arendt que eu recordei após ter visto o filme Babel.

O filme, de Alejandro González Iñárritu, é, sem o esconder, todo feito para as estatuetas douradas.
Três histórias, passadas em pontos territorialmente distintos, ligam-se entre si a partir de um disparo relativamente acidental de uma arma.
O realizador manteve o mesmo registo de "21 gramas", mas menos confuso, mais fácil de entender e, sobretudo, que é o que releva, mais fácil de convencer o público.
E o público fica convencido. Quer pelo argumento (bem elaborado), quer pela fotografia (muito diferente mais igualmente rica, em qualquer dos cenários das três mini-histórias) quer pela, normalmente esquecida, banda sonora.

O enredo vai-se expondo e envolvendo o espectador. Que compreende a humanidade e, principalmente, a realidade de cada uma das personagens.
Desde a japonesa adolescente à procura de reconhecimento e atenção, ao casal que tenta "salvar o casamento" refugiando-se em Marrocos, até à ama mexicana sujeita ao controlo da imigração.
Recomendo. E leva 4 estrelas.

9.1.07

Fuga para Londres - iii

Faltam apenas três propostas no TOP 10.

8 -Os pormenores artísticos

Estão em cada esquina. Desde murais, azulejos, pinturas, estátuas. Embelezam as ruas e dão mais cor às margens do Tamisa.



[nas imediações da Downing street]

[junto ao rio, garrafas coloridas]

[junto ao rio, fotografia]

[junto ao rio, azulejos pintados]

9 - Changing the guard e Buckigham Palace
Ocorre em dias variados e é uma cerimónia que dura cerca de 45 minutos, ocorrendo em frente ao Buckigham Palace. Caso se pretenda encontrar um bom local, o melhor é lá estar uns bons minutos mais cedo.
É um procedimento muito à base do "para turista ver" e o turista lá vai ver.
E gosta, claro. Quer dos chapéus, quer da marcha quer, quanto a mim, do som.







10- Os jardins
São vários e extensos e convidam (sem hipótese de recusa) a um bom passeio. Quer o extenso Hyde Park ou o Kensington Garden ou, ainda, o St. James Park. Mas foi neste último que se pôde observar um esquilo a devorar pintarolas... Divinal!



Menções honrosas
Um top 10 deixa inevitavelmente de fora alguns locais cuja visita se sugere, caso haja tempo. Assim, refira-se a St. Paul's Cathedral, a Millennium Bridge, o Tate Modern, Chinatown ou Picadilly Circus (muito animado à noite).
Para um copo, o muito agradável Cheers, réplica mais do que perfeita do bar que serviu de cenário à série com o mesmo nome. A decoração está muito bem conseguida, não prescindindo de molduras com diálogos da série.




Caso o frio aperte (e naqueles dias, o frio não deu mesmo tréguas), o Starbucks serve uns deliciosos Capuccinos, imprescindíveis para resistir às condições atmosféricas...

Saldo final:
Uma cidade para ver, rever, visitar, disfrutar e, quem sabe, um dia ali viver...

7.1.07

Fuga para Londres - ii

Continuando a proposta de 10 imprescindíveis em Londres, aqui ficam mais 4 sugestões.

4 - Big Ben e Tower Clock

Sempre foi, para mim, o símbolo da cidade. Aquele que a identifica e distingue das outras. Deve o seu nome "oficioso" e não oficial ao peso do Ministro das Obras Públicas de então, Benjamin Hall. Dada a sua corpulência, era designado de Big Ben, nome emprestado ao sino da Torre.

Admirem-se, igualmente, as adjacentes Houses of Parliament.


5 - London Eye

Construída para celebrar a entrada no novo milénio, a London Eye é a estrutura mais alta da cidade e que proporciona uma visão global sobre Londres. À noite beneficia de iluminação variável, podendo estar de azul ou vermelho (não sei se depende de resultados clubísticos...).

Tem 135 metros de altura o que possibilita a sua visibilidade em inúmeros locais da cidade. Aliás, o n.º 11 da Downing Street tem uma vista privilegiada sobre a mesma.






6 - O multiculturalismo pacífico

O que mais me encantou na cidade e que não vem descrito, muito provavelmente, nos guias turísticos é a convivência saudável entre várias culturas, origens ou etnias. É mesmo tarefa hercúlea conseguir encontrar o londrino de gema, ali nascido.
Entre turistas, muçulmanos, chineses ou indianos chega-se a um melting pot colorido que não colide entre si. O mesmo se diga das extravagâncias. Ninguém é olhado de lado ou alvo de comentários por ter piercings em todo o corpo ou o cabelo de várias cores. Um exemplo de tolerância que devia ser seguido noutros locais.

7 -Madame Tussaud's
Para umas duas horas (ou mais) muito divertidas, aconselho vivamente uma visita a este museu. Além das famosas estátuas em cera (entre as quais, a do mais famoso português naquele país - o special one), saliento o percurso nas réplicas dos taxis londrinos, onde se observa, em ritmo acelerado, alguns segmentos históricos da cidade.

Fica a ressalva, no entanto, da longa fila de espera para entrar. É normal a espera durante 2 horas (em pé). O que constitui, sem dúvida, um desafio à paciência!


(O Special One)

TBC...

5.1.07

Fuga para Londres - i

Regressada a solo português (e ao teclado com acentos!!!), não poderia deixar passar a oportunidade de uma proposta de um roteiro para conhecer Londres.

Reconheço que 5 dias não são suficientes para percorrer tudo o que a capital britânica tem para oferecer, por isso, ficam os 10 imprescindíveis. O meu TOP 10, independente de qualquer ordem.

Com alguma organização, e um absoluto domínio do metro, consegue-se ver e disfrutar do essencial.

1 - A new year's eve
Sendo uma das mais cosmopolitas cidades europeias não desiludiu na organização da passagem de ano 2006-2007. Milhares de pessoas nas ruas (para não dizer mesmo milhões) levam a que, após o fogo de artifício, as estações de metro tivessem que encerrar devido ao excessivo congestionamento... Caso optem por uma passagem de ano ali, preparem-se para alguma confusão e muitos apertos!

O fogo de artifício foi grandioso. Lançado na zona ribeirinha, aproveitando todo o encanto do London Eye.

A entrada no novo ano também é celebrada com pompa na Trafalgar Square onde se consegue ver, com alguma nitidez, o mítico Big Ben.


No dia 1 de Janeiro a New Year's Day Parade percorre as ruas da cidade e termina em Picadilly Circus.

2 - Shopping
Especialmente para as leitoras, fiquem a saber que em Londres a época de saldos é verdadeiramente vantajosa e começa logo a seguir ao Natal. Fazem-se boas compras desde que se saibam escolher os sítios.
Uma visita imprescindível ao Harrods. O império do consumo de Knightsbridge. Onde se encontra de tudo, desde as melhores marcas de roupa até relógios, lâmpadas ou livros.


Para outros públicos (e outras bolsas), não faltam mercados de rua. Naturalmente que se impõe um percurso pelo Portobello Road Market, em Notting Hill. Para os amantes de arte e antiguidades, não falta ali oferta.

Não encontrei a casa da porta azul, nem o Hugh Grant ou a Julia Roberts...

3- Tower Bridge

É, sem dúvida, um dos símbolos da cidade. Imponente e com pormenores memoráveis dá um encanto especial ao Tamisa.


TBC...

2.1.07

No frio londrino


Fica apenas uma nota de como foi a passagem de ano nesta cidade.

As restantes 300 fotos aguardam ser seleccionadas e publicadas, aquando do regresso ao solo luso.

P.S. Post publicado em virtude da cortesia da recepcionista do hotel... Hoje tive a sorte de a encontrar num dia SIM...

P.S.2 Porque motivo este teclado nao tem acentos???