29.8.07

Frase do dia - v

Mais um ditado (im) popular:

"Mais vale um mau dia de férias do que um bom dia de trabalho".



P.S. Desabafo de alguém que já não está de férias! :(((

27.8.07

Such a beautiful horizon

Reencontro Barcelona exactamente dois anos depois de lá ter estado e vejo uma cidade que não muda [em equipa que ganha, não se mexe].

Continua o sol intenso [mesmo que no resto da costa espanhola esteja a chover], o labiríntico (e magnífico) bairro gótico - onde serpenteiam centenas de pessoas de loja em loja - os pormenores de Gaudí impressos em algumas construções e, ainda, a "La Ramba" com os artistas de rua mais criativos que já vi.

No metro, toca, sentado no chão, um guitarrista, fazendo apelo às sonoridades autóctones.

Apesar desta (aparente) pouca mudança, parece que Barcelona encerra sempre uma novidade. Desta vez, encontrei-a no Museu Nacional de Arte da Catalunha, onde se beneficia de uma vista quase total sobre esta cidade surpreendente (com 82 monumentos e 36 museus!).



Naturalmente que a banda sonora ideal para a cidade (e porque todas as cidades têm a sua), é a música "Barcelona", produto de um brilhante dueto entre Freddie Mercury e a soprano espanhola Montserrat Caballé. Escrita pelo primeiro, a pedido da segunda, em jeito de homenagem à sua terra natal.

Quem quiser recordar, fica o link.

Título do post emprestado de um dos versos da música "Barcelona".

16.8.07

Fuga madeirense - iii


Encerra o capítulo do relato da última fuga o areal do Porto Santo. A praia, com 9 km de extensão, beneficia de uma água do mar quase sempre nos 24º. O que convida a uns bons mergulhos mesmo quando o tempo não esteja lá muito favorável (como a foto documenta, pelas nuvens que nos acompanharam quase todos os dias que por ali estivemos).
A areia, segundo dizem, tem qualidades terapêuticas, devido ao facto de conter organoplastos [não me perguntem o que é, ok?].

O Porto Santo ainda não foi invadido pela massificação turística que a costa continental portuguesa testemunha. Existem regras quanto à altura máxima dos prédios (máximo de 4 andares) e um limite para a oferta turística.

Uma pérola que vale a pena visitar.

14.8.07

Dalí no Porto



Bem perto do Porto Cartoon, está, no deslumbrante Palácio do Freixo, uma exposição com obras de Salvador Dalí (1904-1989).
São, ao todo, 285 obras, entre desenhos, esculturas e quadros originais.

Ao nível da escultura, destaco o "Homem sobre golfinho" e o divertido "Elefante cósmico".

É dado especial ênfase às litografias religiosas (ao todo, 150).

Para mim, absolutamente geniais são a "Gargantua e Pantagruel", com figuras mais do que surreais e o "Tricórnio", com um jogo de cores, imagens (um burro e uma borboleta vão saltando de tela em tela, assumindo diferentes configurações no todo) e de sombras supreendente.

Tenho pena que a organização não tenha conseguido trazer à beira-rio as pinturas mais famosas de Dalí, principalmente a admirável "Persistência da Memória". Por isso, quem for à espera dessas obras mais notórias, não as vai encontrar. Apesar de tudo, não se fica desiludido... É sempre um motivo para (re)descobrir o recuperado Palácio do Freixo.

Patente até 4 de Novembro.

12.8.07

Fuga madeirense - ii

Continuando na recuperação de alguns pontos de interesse na Ilha da Madeira e no Porto Santo, aqui ficam mais umas dicas, sem qualquer ordem hierárquica:

4 - Casas típicas



Na ilha da Madeira, temos as inconfundíveis casas em madeira e com telhado de colmo. Encontram-se, principalmente, na localidade de Santana, mas podem observar-se réplicas construídas recentemente noutros cantos da ilha.




Esta que aqui deixo é a localizada no Jardim Botânico. Salienta-se a sua cor: o vermelho das portas, o azul das janelas e as paredes vermelhas e brancas.


Já no Porto Santo, as casas típicas ou tradicionais têm uma configuração completamente diferente.





Os telhados não são de colmo mas de terra barrenta, o que demonstra quais as matérias primas mais frequentes naquela ilha.




5 - Pico de Ana Ferreira



[Colunas prismáticas, vulgarmente chamadas de "piano" no Pico Ana Ferreira, Porto Santo]


Só se consegue alcançar esta "obra" da natureza de jipe. Uma viagem agitada [mais do que não fosse pela ruidosa família que nos acompanhou], mas que vale a pena. De acordo com as pesquisas da nossa guia e condutora - a simpática Sofia - o nome de Ana Ferreira deve-se, rezam as lendas, ao facto de ter havido a necessidade de presentear uma senhora com esse nome, dando-lhe um terreno para cultivo. A dar desta lenda, existe outra [bem mais interessante!...] - Ana Ferreira terá sido uma feiticeira que ainda se manifesta para aqueles que se atravem a subir o pico.


6 - Gastronomia e afins

Estou certa que uma estada demorada em qualquer das ilhas teria permitido um melhor conhecimento da gastronomia típica madeirense. Apesar de tudo, fica a confirmação que as típicas espetadas, principalmente se servidas em ramo de oliveira, são divinais e que o atum tem incontáveis pratos.

Ao nível da restauração, e no Porto Santo, o "Pé na Água" apresenta-se como um especialista em peixe e está localizado mesmo em cima da praia, com a areia quase debaixo dos pés. É um dos mais frequentados e só se lamenta o frio e o vento que se fez sentir naquela noite que tornou a refeição bem mais curta.

Ainda no Porto Santo, o "Solar do Infante" é o mais central e o ideal para quem quer usufruir das melhores vistas sobre a praia dourada.

Muitos dos restaurantes espalhados pelo Porto Santo, principalmente os mais afastados do centro, tem um serviço bastante útil - utilizando uma carrinha (courtesy bus) vão buscar os turistas ao hotel e levam-nos de regresso. Fica o exemplo!

Quanto a bebidas típicas, naturalmente que o vinho da Madeira apresenta-se como o ex-libris, sem prejuízo da poncha (mistura de aguardente de cana, mel e limão). Esta última, ainda que característica da Câmara dos Lobos, bebe-se em qualquer lado. Recomenda-se a poncha de maracujá, mas os efeitos secundários são evidentes!...


Cartoon no Porto



Mantendo uma tradição com alguns anos (desde 1999), está patente no Museu Nacional da Imprensa (no Freixo) mais uma exposição do "Porto Cartoon" - a IX.

Desta vez, o tema é a Globalização e recolheram-se 400 cartoons, o que significa a maior exposição de sempre desta temática.

Espalhadas por várias salas e com obras vindas dos cinco continentes, além da temática da Globalização, um jogo de espelhos faz a ponte entre a exposição principal e a "Galeria Internacional do Cartoon", com temas variados e com caricaturas de figuras bem conhecidas, como Luís Figo, Paula Rego (cuja caricatura feita por António Santos mereceu uma menção honrosa) ou a fadista Mariza.

Não é fácil escolher os melhores e terá sido, certamente, tarefa hérculea a do júri ao escolher o melhor de entre os 1700 cartoons que se apresentaram a concurso. Por curiosidade, referia-se que foi o Brasil o recordista no número de cartoons enviados (250), sendo seguido, com 134, pelo Irão.

Ao público é lançado o desafio para a escolha do melhor cartoon. O meu voto recaiu sobre uma obra de Osmani Simanca, um dos galardoados com menção honrosa.

Está patente até ao final de Setembro. E recomenda-se, para aqueles que sejam apreciadores do humor desenhado.




[Grzegorz Szumovski, Polónia, vencedor do Grande Prémio]

10.8.07

Fuga madeirense - i

A Madeira e o Porto Santo são duas ilhas completamente diferentes. A primeira alberga em si as quatro estações do ano num só dia e toda uma diversidade vegetativa que é impossível ficar-lhe indiferente. A segunda caracteriza-se, sobretudo, pela sua praia de areia dourada e com 9km de extensão; sem esquecer, naturalmente, a temperatura da água do mar [quase sempre nos 24º].

Com o pouco tempo que estivemos na ilha da Madeira, tudo teve de ser [bem] cronometrado, mas naturalmente que se registaram os seguintes imprescindíveis:


1 - Teleférico Funchal - Monte



A viagem de teleférico do Monte - não recomendável para pessoas com vertigens - permite uma visão quase global do Funchal. Em funcionamento desde Novembro de 2000, sai da baixa do Funchal e termina no Monte [localidade que é, frequentemente, comparada a Sintra, pela sua paisagem e palacetes]. É composto por 39 cabines, com capacidade, cada uma, para 7 pessoas.

2 - Carreiros do Monte













Chegados ao Monte, e depois de uma visita à florida Igreja de Nossa Senhora do Monte, segue-se uma descida nos famosos cestos. Dois "carreiros do Monte" empurram os turistas em cestos durante cerca de 2km. Uma descida alucinante, principalmente quando há carros a subir a rua ao mesmo tempo em que os cestos descem...

3 - Jardim Botânico





Numa ilha que se caracteriza pelo verde e as flores que enfeitam as suas paisagens, aconselha-se, também, uma visita ao jardim botânico. Alberga não só uma grande variedade de plantas [das quais destaco os cactos que a foto mostra] como também o "Loiro Parque", que acolhe aves raras e exóticas.
Os jardins encontram-se nos terrenos que pertenceram a família Reid (fundadora do Reid's Palace Hotel) e a sua localização naquela encosta com vistas panorâmicas terá sido escolhida a dedo.
Para os verdadeiros apreciadores de plantas, outras visitas [que não pude avalizar] podem complementar a do jardim botânico - Jardim Tropical do Monte Palace, Quinta do Palheiro Ferreiro ou Jardim Orquídea.

Outras pérolas se relatarão, incluindo as do Porto Santo...

2.8.07

Dolce fare niente



O "Em Fuga" vai de férias durantes uns dias, com o mote dolce fare niente na bagagem... Boas férias a todos!

1.8.07

A família amarela

Os Simpsons tiveram a sua 1ª aparição televisiva em 1987, com uma imagem diferente da que actualmente apresentam.















20 anos volvidos desde a data em que Matt Groening os imaginou, chegam, finalmente [exclamam os fãs] às salas de cinema.

A série sempre viveu sob o fogo cruzado da crítica, nomeadamente devido ao facto de retratar uma família norte-americana de classe média pouco comum e com hábitos controversos.

No início da minha juventude, não perdia um único episódio e gravava-os quase todos nas [quase] extintas cassetes de VHS.

Com o pouco tempo que passo em frente à televisão, esta foi também uma das séries sacrificadas. Apesar de tudo, continuo a achar hilariantes as aventuras do Homer e do Bart, o primeiro porque atrai problemas, vícios e ócio o segundo pela sua energia e capacidade de improvisação.

O filme "Os Simpsons" apresenta um episódio em formato extenso (apenas 87 minutos?) e mantém todas as características da série. Desta vez, a problemática ambiental leva a que o Presidente (Schwarzenegger...) coloque uma cúpula sobre a cidade de Springfield.

As naturais peripécias vão-se desenrolando, com alguns trunfos da realização - o percurso de Bart Simpson, sem roupa, em cima de um skate pela cidade, a "actuação" do Grandpa em plena Igreja ou o "salvamento" por parte de Homer de um porco (colocando-o em casa, como se fosse um animal de estimação), sem esquecer alusões a alguns filmes e documentários, como sejam o Titanic [com os Green Day no papel de músicos que tocam violino antes do naufrágio] ou Uma Verdade Inconveniente.

O filme diverte, mas não inova. Apesar de tudo, deve premiar-se a longevidade da série e o ter inspirado outras do género, como South Park.

Saldo final - 3 estrelas.