10.6.07

Fragmentos

Diz-se que cantou, como ninguém, a Pátria Portuguesa, daí que o Dia de Portugal seja também o seu dia.

A escolha de alguns versos não é tarefa fácil, dada a extensa obra que deixou. Ultrapassadas algumas dúvidas iniciais, escolhi os versos d' "Os Lusíadas" que mais vezes li, pela sua genialidade:

"Estavas, linda Inês, posta em sossego
De teus olhos colhendo doce fruito,
Naquele engano da alma, ledo e cego,
Que a fortuna não deixa durar muito,
Nos saudosos campos do Mondego,
De teus fermosos olhos nunca enxuito,
Aos montes insinando e às ervinhas
O nome que no peito escrito tinhas.

Do teu princípe ali te respondiam
As lembranças que na alma lhe moravam
Que sempre ante seus olhos te traziam,
Quando dos teus fermosos se apartavam;
De noite, em doces sonhos que mentiam,
De dia, em pensamentos que voavam;
E quanto, enfim, cuidava e quanto via
Eram tudo memórias de alegria"

(Luís de Camões, Os Lusíadas, Canto III, pág. 159)





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3 comentários:

filipelamas disse...

Belíssima escolha para comemorar um dia que não diz muito... aos Portugueses!

rtp disse...

Voltando à realidade - depois de uma maratona ... - é bom ler este trecho do grande Camões :-)

x disse...

o nosso Camões...é sempre bom lê-lo e recordá-lo. conheces Constância? :)bg