28.6.07

A irmandade norueguesa

A descoberta terá vindo dos nórdicos, mais concretamente de um grupo de epidemologistas noruegueses (liderado por Peter Kristensen, da Universidade de Oslo).

A discussão começou em 1874, com Francis Galton. Alegava que os primogénitos são mais inteligentes do que os irmãos mais novos, indicando que haverá uma elevado número de primogénitos nos vencedores do Prémio Nobel...

Motivos para tal: recebem mais atenção, mais responsabilidade e há mais recursos financeiros.

Eis que, mais de um século depois, continua-se nesta discussão e chegam os iluminados nórdicos (sim, que aí existem meses em que o sol brilha 24 horas) à conclusão de que os primogénitos têm um Q.I. 3 pontos acima do segundo filho e 4 pontos do terceiro filho.

Mas a melhor e mais divertida conclusão deste celeuma científico é mesmo: "Existem várias teorias para explicar o efeito da ordem de nascimento na inteligência. Uma delas defende que os primogénitos beneficiam da atenção exclusiva dos seus pais durante mais tempo, o que enriqueceria o vocabulário e raciocínio. Mas isto não explica que nos irmãos com menos de 12 anos, os últimos filhos, apresentem, ao contrário, melhores indicadores. Alguns investigadores contrapõem que esta precocidade está relacionada com o abaixamento intelectual de toda a família em presença de uma criança mais pequena". (DN)

Serão as consequências do excesso de sol na Noruega?

24.6.07

Imagens do dia - IX





O entardecer e as festividades em noite sanjoanina, junto ao rio Douro.

23.6.07

O regresso do ogre verde




Em equipa que ganha, não se mexe. Confirmado o sucesso do primeiro filme, seguiu-se o segundo e agora o terceiro.

Não é fácil conseguir manter a originalidade ao fim de dois filmes e continuar a supreender com um terceiro. Será o último, acolhendo a fenómeno cinematográfico da triologia?

A mais valia do filme reside na desconstrução dos estereótipos dos filmes de animação - o príncipe encantado afinal não é assim tão "charming" quanto isso, a princesa é teimosa e verde e aproveita-se, de vez em quando, para umas alfinetadas em certos filmes que marcaram o cinema.




Este "Shrek 3" mantém as vozes de Mike Myers (Shrek), Eddie Murphy (no divertidíssimo Donkey), Cameron Diaz (Fiona) e Antonio Banderas (num gato mesmo à sua imagem de latino, Puss in Boots).

A grande novidade das vozes é a de Justin Timberlake, a voz por trás da personagem Artie.

Novidades? Sim, sem dúvida. O enredo é, agora, o conflito na sucessão ao trono. Shrek e Fiona são os primeiros na linha sucessória, mas o ogre verde encontra um pequeno sucessor à altura do cargo - Artie, um Rei Artur em potência.




O filme continua a supreender e o género e personagens ainda não cansaram. Cabe tudo - o problema da sucessão no trono, a descendência de Shrek e Fiona (com o pesadelo da paternidade a causar um dos momentos mais hilariantes do filme), a recuperação das personagens das "histórias de encantar", como a Bela Adormecida (que adormece na hora H), a Branca de Neve (que oferece anões-amas), a bolacha falante (no melhor monólogo) ou o Pinóquio (no melhor diálogo com o Princípe Encantado), ou a Rapunzel (com a sua trança quase verdadeira).

Ainda se satirizam outros blockbusters como o Harry Potter, o Senhor dos Anéis, Música no Coração ou os musicais que tanta audiência alcançam.

Saldo final - 4 estrelas, ao som das pipocas, claro! [pena a fraca tradução e legendagem...]

21.6.07

Veraneio

Começa hoje a estação do ano mais aguardada - O VERÃO... Que, com ele, venha o sol, o bronzeado, o amanhecer tardio, a ausência de horários, prazos e coisas afins...

E, até, porque não reconhecê-lo, andar descalça dentro de casa e sentir o chão frio na planta dos pés. Naturalmente que no dia seguinte é certo que estou constipada... Compensa o mal que faz pelo bem que sabe!

Até virem as férias EFECTIVAS (que este ano terão, ao que tudo indica, alguma insularidade), dá para ir saboreando algumas das pérolas (praias) do meu Verão de 2006...


[Hvar, Croácia]


Das praias mais animadas [durante o dia, claro!], e com um pôr-do-sol digno de registo.



[Praia da Arrifana, Aljezur]

Provavelmente a melhor praia portuguesa.


17.6.07

A arte de saber ouvir - ii


"Temos dois ouvidos mas apenas uma boca, porque devemos ouvir o dobro do que falamos."

Quase-eloquências de madrugada... Ou a tentativa frustrada de nos manter em silêncio durante uns segundos.

14.6.07

Alive and kicking (Simple Minds)

Continuando no percurso pelas músicas que funcionam como uma espécie de fonte de energia, hoje deixo-vos os Simple Minds. Uma banda oriunda da Escócia e que este ano comemora 30 anos de existência.
O “Alive and kicking” (de 1985) continua a fazer-me rir pela lembrança dos penteados e roupas da época e pela simplicidade do videoclip.
Para juntar às músicas que ficam com a passagem do tempo. E que recomendo, claro, para ouvir bem alto.

Filosofias


Chego a casa cansada, mas poucas são as vezes em que não sou recebida com uma peripécia, como se propositada para me fazer esquecer do cansaço.

- O teu irmão tem uma prenda para ti...
Corro ansiosa para o quarto dele, quando adivinho uma pilha de livros e cadernos de Filosofia.
- Dou-te (diz-me, desinteressado).

Esclarecem-me - "vai deitar ao lixo".

- Ao lixo? - interrogo-me, pensando na ecologia e em todas as campanhas de recolha de livros para crianças carenciadas - Porque não dás para a caridade?

- Caridade? - responde-me, espantado - Achas que dar livros de Filosofia é caridade? É tortura.

Eloquências de quinta-feira à noite...

11.6.07

Dunas - ii


[@ Espinho]

As dunas desenhadas pelos invencíveis mar e vento...

10.6.07

Fragmentos

Diz-se que cantou, como ninguém, a Pátria Portuguesa, daí que o Dia de Portugal seja também o seu dia.

A escolha de alguns versos não é tarefa fácil, dada a extensa obra que deixou. Ultrapassadas algumas dúvidas iniciais, escolhi os versos d' "Os Lusíadas" que mais vezes li, pela sua genialidade:

"Estavas, linda Inês, posta em sossego
De teus olhos colhendo doce fruito,
Naquele engano da alma, ledo e cego,
Que a fortuna não deixa durar muito,
Nos saudosos campos do Mondego,
De teus fermosos olhos nunca enxuito,
Aos montes insinando e às ervinhas
O nome que no peito escrito tinhas.

Do teu princípe ali te respondiam
As lembranças que na alma lhe moravam
Que sempre ante seus olhos te traziam,
Quando dos teus fermosos se apartavam;
De noite, em doces sonhos que mentiam,
De dia, em pensamentos que voavam;
E quanto, enfim, cuidava e quanto via
Eram tudo memórias de alegria"

(Luís de Camões, Os Lusíadas, Canto III, pág. 159)





Imagem

8.6.07

Os erros - ii


- Na televisão

Teria de ser um post muito extenso para dar conta de todas as gaffes televisivas. Há algumas que fizeram história e que vêm sendo reproduzidas até à exaustão.

A minha preferida - que acompanhei em directo - é a do apresentador Humberto Bernardo. Em pleno concurso para a eleição da Miss de Portugal em 1997, este baralha-se completamente e dá o título de 2ª Dama de Honor àquela que tinha sido eleita como Miss de Portugal.

Esta recebe a faixa com o título de 2ª Dama de Honor.... Segundos depois, o apresentador retira-lhe a faixa e diz que se enganou! Dos melhores momentos de televisão até agora!

Mas há mais. Vejam lá, só para recordar:

- A repórter da SIC pergunta a vários habitantes da aldeia de que se queixavam eles. As pessoas referem-se à falta de estrada em condições. Um deles, porém, pára para pensar e depois diz: "queixo-me aqui de um ombro...". [Isto sim, é uma verdadeira queixa!]

- O Gabriel Alves tem inúmeras dignas de registo. A mais conhecida é mesmo esta: "Lá vai Vítor Paneira, no seu estilo inconfundível... não, afinal era Veloso."

- Valentim Loureiro, em pleno comício do PSD em Gondomar, pede: "Por isso vamos todos gritar - Guterres, Gu... Gondomar, Gondomar". [Acontece... São palavras tão parecidas...]

- António Guterres, ao tentar fazer as contas de 6% do PIB remata com um delicioso: "É fazer a conta". Vejam as imagens no youtube.


5.6.07

Os erros - i


- No cinema

Mantendo-me no modo "cinema" [em jeito de redenção pelo afastamento prolongado do tema] foram-me dadas a conhecer as maiores gaffes no cinema.

Há mesmo especialistas em descobrir os erros de um filme e aparecem a correr na internet, logo no dia seguinte ao da sua estreia, as listas com os erros. Talvez numa tentativa de ataque à qualidade do filme.

São feitas listas de filmes com maior número de erros. O Apocalipse Now aparece em 1º lugar, com 231 erros, numa lista de 30 filmes. Todos os do Harry Potter (4) estão lá, assim como os 3 do Senhor dos Anéis.

Quanto a tipos de erros, há de tudo: erros técnicos, históricos, de cenário, de montagem, de argumento.

Os meus preferidos, da lista dos 30 melhores, são mesmo os seguintes:
- No filme Titanic, é referido um lago (Wissota) que foi artificialmente criado anos após a data do embate. [eu cá acho que não era erro, eram mesmo as capacidades divinatórias do Leonardo Di Caprio...]

- No Ocean's Eleven, diferentes ângulos da câmara mostram diferentes pratos na mão de Rusty. [não é de bom tom ficar a ver o que as pessoas comem... Coitado do Rusty (o nosso Brad Pitt). Já não pode comer o que quer!]

- No Spider-man, o herói atira atacantes por duas janelas. No minuto a seguir, as janelas estão intactas [mistérios da natureza, talvez...]

Para ver o Site.

P.S. Outras gaffes e erros [noutras áreas] se seguirão.

2.6.07

Zodiac


David Fincher - que ficou na história do cinema pelo seu genial "Seven" - traz-nos agora Zodiac. O filme resulta da adaptação do livro de Robert Graysmith, com o mesmo nome.

A história é verídica: um serial killer que atormentou San Francisco durante os anos 60' e 70' e que se intitulou a si mesmo como Zodiac.
A sua notoriedade adveio do facto de se servir da comunicação social [jornais, rádio e televisão], exigindo a publicação de mensagens criptografadas.
Numa altura em que se discute a relação entre a comunicação social e a investigação policial, o filme reflecte esse conflito.

A representação não é brilhante. Jake Gyllenhaal [que tinha supreendido no Brokeback Mountain] cumpre o seu papel mas não é extraordinário. Um dos mais bem conseguidos é mesmo Robert Downey Jr., numa personagem controversa mas bem conseguida.

Robert Graysmith (interpretado por Jake Gyllenhaal) é um cartoonista de um jornal que, insatisfeito com a actuação policial nos casos, alheia-se da sua realidade e procura, de motu proprio, chegar à verdadeira identidade do Zodiac.

Numa sala de cinema quase vazia [à volta de oito espectadores], cadeiras desconfortáveis e com [muito] sono acumulado [o que significou alguns minutos sem ver o ecrã...], o filme não é tão brilhante como Seven nem tem a capacidade de manter o espectador atento durante os seus 158 minutos de duração...

Saldo final - 3,5 estrelas. As mesmas que Ruptura. Tem o mérito do argumento - mais interessante do que no Ruptura - mas perde pela sua duração demasiado extensa...

1.6.07

Tom Sawyer

Comemorando-se o Dia Mundial da Criança, deixo-vos a música inicial da série que, na altura, mais nos prendia aos ecrãs de televisão.
A energia e indisciplina de Tom Sawyer, a rigidez da Tia Polly, o enfadonho Sidney, o divertido e suposta má influência Huck ou a encantadora Becky.
Aqui fica a recordação...