29.7.06

A banhos

Sempre gostei da expressão "ir a banhos". Pena que normalmente só surja associada às férias dos colunáveis e dos (uns mais outros menos) VIP's.

Mas o que é certo é que todos têm direito aos seus "banhos", às suas férias, ao seu dolce fare niente, a ficar em banho-maria por uns dias, a recarregar baterias.

A Joaninha fugirá para uns "banhos" mas voltará para o registo dos mesmos. Boas férias a todos!

27.7.06

Ai a memória...

A idade tem destas coisas e, à medida que o tempo passa, vou-me apercebendo que a nossa memória é mesmo muito curta e não cabe tudo o que nós queríamos que coubesse. Talvez nem mesmo o que devia caber.

Tudo isto porque ontem descobri um cachecol preto no meu carro.

Problema n.º 1
- O tempo frio já lá vai há muitos meses, por isso o cachecol está ali perdido há uma eternidade, sem que ninguém o tenha reclamado.

Problema n.º 2
- Não sei de quem é...

P.S. Pudesse a memória ser persistente como a pintou Salvador Dalí e eu não teria que perguntar a quem pertence o misterioso cachecol...

26.7.06

Fugir a tempo


Já só faltam 5 dias para as férias...

24.7.06

A irritante


O conceito é, em si, útil, principalmente para quem tem - como eu - algum sentido de desorientação.

Confesso que este último fim de semana foi aquele em que beneficiei [ou não, já que o benefício foi, sobretudo, em riso...], pela primeira vez, de uma viagem com recurso ao GPS. O sistema de posicionamento global parece ser, à primeira vista, de fácil funcionamento, mas aqui ficam algumas notas:

- selecciona-se o local de destino e a sugestão do percurso não é, necessariamente, a mais económica. Assim, se, por algum caso, se decide um percurso diferente daquele que é sugerido pela "voz", esta irrita-se e começa repetidamente a dizer para voltar para trás, fazer inversão de marchar, sair na próxima saída e afins... E só se cala quando se desliga o sistema.

- a "voz" espanhola é autoritária e recorda várias vezes "circule por la derecha".

- a sabedora "espanhola" engana-se frequentemente. Ou então, gosta de se divertir à custa da nossa desorientação e quase que conseguimos ouvir no fim das erradas indicações- "Ah! Ah!... ¡Quien manda aquí soy yo!"

Cada frase da "senhora-escondida-dentro-do-capot" é comentada, por nós, com um "já estamos fartos de te ouvir!".

Concluo que é um sistema para quem tenha muita paciência, o que não é, decididamente, o meu caso!

22.7.06

Aviso à navegação


À guisa de adenda em relação ao post relativo ao "Não gosto", fica o acrescento: não gosto nada de gatos, não os acho fofos e amorosos. Acho-os remelentos. Desde o momento em levei uns valentes arranhões enquanto alimentava um destes animais.

Não gosto quando se encostam às nossas pernas... Nem quando invadem as salas de aula durante exames...

Por isso não me mandem mails com imagens de gatos. A não ser que pretendam ver-me mal disposta! ;)

20.7.06

Absolutamente hilariante


A decisão de "Pular a cerca" para alcançar o abastecimento necessário para todo o Inverno não é tomada de ânimo leve pelo grupo. Habituados à "vida selvagem", a desconfiança do desconhecido ser humano é inevitável.

É este o mote para um filme abolutamente hilariante e, quanto a mim, imperdível.

Quanto aos personagens:
- RJ - um guaxinim perfeitamente conhecedor dos hábitos humanos e da estratégia ideal para conseguir comida. Intitula-se como "family of one" e beneficia da inconfundível voz de Bruce Willis.
- Verne - a tartaruga cuja liderança vai ser posta em causa com a chegada de RJ. Cauteloso e inseguro.
- Stella - a doninha que explora ao máximo a capacidade de emitir maus cheiros.
- Hammy - o esquilo. Sem dúvida o meu personagem preferido. Com uma energia inesgotável e uma ingenuidade saborosa. Provocou as maiores gargalhas na sala de cinema, no momento em lhe foi permitido ingerir uma bebida energética.


Ficam os traços gerais do filme. Deixo a sugestão, caso pretendam uns bons momentos de riso!

19.7.06

Em câmara lenta























Já por várias vezes me socorri de uma expressão de Susanna Tamaro, que agora, uma vez mais, recordei a partir destas imagens:

"A vida não é uma corrida. Mas um tiro ao alvo. O que conta não é a poupança de tempo, mas a capacidade de descobrir um centro."

17.7.06

Ociosidade

Dizem os entendidos que a preguiça é um exagero da propensão natural do ser humano para não fazer nada.

Não é um dos meus defeitos, mas com este calor não é fácil combater o apelo clamoroso do ócio.

"Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!"

(Fernando Pessoa)

14.7.06

Dá para pedir...


.. férias... já...
... que o sol e o calor não existam quando se está a trabalhar (sem ar condicionado)...
... a tese pronta...
... e que o computador vá pela janela?

12.7.06

Uma referência


Se fosse vivo, Pablo Neruda - um dos meus poetas preferidos - faria hoje 102 anos.

Sempre me fascinou a grandiosidade de cada palavra escrita e todo o sentido que está por trás de cada verso seu.

Em jeito de homenagem, recordo um dos meus poemas de referência (quiça, mesmo A referência).

"Quem morre?

Morre lentamente
quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajectos,
quem não muda de marca
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente
quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente
quem evita uma paixão,
quem prefere o negro sobre o branco
e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções,
justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
sorrisos dos bocejos,
corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente
quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida,
fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente
quem não viaja,
quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente
quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente,
quem passa os dias queixando-se da sua má sorte
ou da chuva incessante.

Morre lentamente,
quem abandona um projecto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves,
recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior
que o simples facto de respirar.
Somente a perseverança fará com que conquistemos
um estágio esplêndido de felicidade."

P.S. Este poema está na caixa de entrada do meu e-mail desde Abril de 2003. Ainda não o consegui mandar para a lixeira.

11.7.06

Rir



"Riso: uma convulsão interior, que produz uma distorção da expressão facial e que é acompanhada por sons desarticulados. É contagioso e, embora intermitente, incurável." (Ambrose Bierce)

É, para mim, um dos meus maiores vícios, hábitos, rotinas. Não prescindo. De rir. Todos os dias e sempre que tenho vontade. Muitas vezes, demasiado alto...

Faz rugas. Não me importo.

9.7.06

O poder do tango

Este melting pot é supreendentemente viciante. O trio franco-suiço-argentino, acompanhado de excelentes músicos, regressou à Invicta e mais do que superou as expectativas.

- O cenário
A actuação dos Gotan Project tem como pano de fundo a projecção de várias imagens sendo digna de nota, naturalmente, o tango argentino logo no início do espectáculo, com a excelente música "Diferente", primeira saída do álbum "Lunático".

- O som
A fusão entre o inconfundível ritmo do tango [argentino!] com a música electrónica e o jazz não permitiu que se conseguisse assistir ao concerto de braços cruzados e no mesmo local. Questiono-me como é que conseguiram alguns permanecer sentados na tribuna do Coliseu...

- Os músicos
Destaque para os violinos e para os criadores dos ritmos electrónicos, sem esquecer, claro, a voz melodiosa da espanhola Cristina Vilallonga [mais uma nacionalidade a juntar às três!].

- Na bagagem
Ainda que as músicas do novo álbum "Lunático" tenham sido bem recebidas, "La revancha del tango" e o seu conteúdo não foram esquecidos e marcaram os pontos altos da noite.

Os cerca de 80 minutos de concerto souberam a pouco. Mas foi o quanto bastou para a rendição e aclamação total de todo o Coliseu.
Regressem sempre!

6.7.06

Rituais iniciáticos e de transição

Não posso dizer que seja muito apologista de rituais iniciáticos e de transição, mas a fixação de um elemento oriundo da mouraria [a que alguns chamam Lisboa] na Invicta não podia ser deixada em branco.

Ainda que afectados com a derrota da Selecção Nacional, a recepção foi feita a preceito.

Primeira fase - aplicação do teste tripeiro, para que se conseguisse aferir o grau de dependência que já existe em relação à Invicta. Se quiserem experimentar aqui está ele. O testado revelou algumas falhas. Mas a partir da noite de ontem já não esquece o significado de:
- repas,
- espinhas,
- iscas,
- e da expressão "vai no Batalha!"

Segunda fase - juramento.

Momento solene que se caracteriza pelo candidato a tripeiro ser colocado de pé em frente à audiência com um chapéu com as cores de Portugal [acessório arranjado à última da hora...]. Do juramento constam 11 pontos, incluindo, entre outros, o dever de comer tripas, francezinhas, "tremôssos, minguins e bejecas", abdicar das bicas e imperiais e ser fiel ao cimbalino e ao fino, baptizar os filhos com os nomes de Jorge Nuno e de Carolina... E FAZER DO PUARTO UMA NAÇÓN!!!...

Terceira fase - brinde de boas vindas, com A "pomada" [mais um conceito a juntar ao léxico, ok?]


Benvindo...

4.7.06

Home alone


Após alguns dias de experiência [provisória] de viver sozinha, cheguei a algumas conclusões:

a) as máquinas de lavar louça e roupa só trabalham devidamente se se colocar detergente (upss…);
b) nem sempre é fácil ter imaginação para inventar manjares;
c) por vezes [muitas] acontece falar sozinha;
d) as tarefas domésticas não podem ser deixadas para outra pessoa, porque senão a roupa e a louça acumulam-se…
e) os convites para jantares têm mesmo de ser feitos, senão o tédio toma conta da casa;
f) clara tendência para me tornar mais arrumada;
g) as refeições podem ser feitas a horas incertas;
h) o consumo de chocolate cresce exponencionalmente;
i) fica a neurose de pensar se se desligou o fogão, se se fechou a porta, se se apagaram as luzes…
j) ainda não tive necessidade de passar a ferro; talvez quando a roupa começar a faltar no armário…
i) gasta-se mais dinheiro em telemóvel!

1.7.06

Já faltou mais...

Ao som das buzinas, dos gritos e dos sucessivos telefonemas... Aqui ficam os meus parabéns à Selecção Nacional pela passagem às meias-finais!

... e sobrevivi aos nervos...