31.8.06

"Friends" em fuga


Não tenho por hábito escrever sobre programas de televisão; talvez pelo facto de, dada a falta de tempo, não ver mais do 1h de televisão por dia. Metade do tempo - cerca de 30 minutos - é passado a ver aquela que é, para mim, das mais hilariantes séries de sempre.

As peripécias do Joey, as excentricidades da Phoebe [com a qual já me identificaram!...] ou as manias da Monica...

Pois é. Tudo o que é bom (excelente) acaba um dia e deixa saudades quando parte. E esse dia é amanhã...

Resta recorrer aos já 7 dvd's [faltam ainda 3...] que habitam por casa ou ver as maiores gaffe's cometidas pelo sexteto. Fica a sugestão: Parte 1, Parte 2 e Parte 3.

Divirtam-se.


29.8.06

Os mais, os menos e os assim-assim


"A gente pode
morar numa casa mais ou menos,
numa rua mais ou menos,
numa cidade mais ou menos.

A gente pode
dormir numa cama mais ou menos,
comer um feijão mais ou menos,
ter um transporte mais ou menos,
e até ser obrigado a acreditar mais ou menos no
futuro.

A gente pode
olhar em volta e sentir que tudo está
mais ou menos.

Tudo bem.

O que a gente não pode
mesmo, nunca, de jeito nenhum,
é amar mais ou menos,
é sonhar mais ou menos,
é ser amigo mais ou menos,
é namorar mais ou menos,
é ter fé mais ou menos,
e acreditar mais ou menos.

Senão a gente corre o risco de se tornar
uma pessoa mais ou menos."

Chico Xavier

Acidentalmente, tropecei neste texto brasileiro e não resisti a reflectir sobre ele. De onde vem esta nossa tendência de catalogar estados de espírito, sentimentos e relações como "mais ou menos"?

Confesso que, por vezes, também concluo que certas coisas essenciais são mais ou menos. Não é sim ou não, é assim-assim. É o meio termo. É o quase-tudo ou o quase-nada...

Será que tudo deveria, ao invés, ser qualificado de forma maniqueísta, ou seja, entre dois pólos opostos? Só preto. Só branco. Sem todos os cinzentos de diferentes tonalidades que existem no meio?
Ficam as questões.

27.8.06

Do fundo do baú


Crazy (Aerosmith)

Come 'ere baby
You know you drive me up the wall the way
you make good on all the nasty tricks you pull
Seems like we're makin' up more than we're makin' love
And it always seems you got somm' on your mind other than me
Girl, you got to change your crazy ways
You hear me

Say you're leavin' on a seven thirty train
and that you're headin' out to Hollywood
Girl you been givin me the line so many times
it kinda gets like feelin bad looks good

That kinda lovin'
Turns a man to a slave
That kinda lovin'
Sends a man right to his grave...

[chorus]
I go crazy, crazy, baby, I go crazy
You turn it on
Then you're gone
Yeah you drive me
Crazy, crazy, crazy for you baby
What can I do, honey
I feel like the color blue. . .

You're packin up your stuff and talkin like it's tough
and tryin to tell me that it's time to go
But I know you ain't wearin' nothin' underneath that overcoat
And it's all a show

That kinda lovin'
Makes me wanna pull
Down the shade,
That kinda lovin'
Yeah, now I'm never gonna be the same

[chorus]

I'm losin my mind, girl'
Cause I'm goin' crazy

I need your love, honey
I need your love
Crazy, crazy, crazy for you baby
I'm losin my mind, girl'
Cause I'm goin' crazy
Crazy, crazy, crazy for you baby
You turn it on, then you're gone
Yeah you drive me

P.S.1 Do baú de 1992. Aberto algures no percurso Valongo-Porto.
P.S. 2 Está na altura de ganhar juízo e deixar a "craziness" armazenada!...

25.8.06

O elo mais fraco fora de órbita

ou "afinal o tamanho conta".

Pois é, a lengalenga que éramos ensinados a trautear - "Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Neptuno e Plutão" - vai sofrer um corte, uma expulsão.
Em concílio, lá se decidiu [ou se está em vias disso] expulsar o Plutão do sistema solar...




Confesso que sempre gostei muito daquele planeta. A anos de distância da terra mas que, ainda assim, merecia a nossa [a minha!] atenção.

Dizem os entendidos que Plutão é muito diferente dos outros planetas [so what?], devido à sua "órbita muito longa e excêntrica à volta do sol". Já não se pode ser excêntrico?

Aqui fica, portanto, a minha indignação e solidariedade com o excluído por ser pequenino, diferente e excêntrico...

Nota final:
Plutão - características:
a) diâmetro - 2.300 km. [pequenino?]
b) distância do Sol - cerca de 6.000.000.000 km [já é alguma coisa...]
c) temperatura - 230º negativos [inimaginável!]

24.8.06

Os decibéis


Talvez por influência doméstica, os decibéis das minhas palavras atingem, por vezes, um nível acima do normal. Mesmo em conversação corrente, fora de uma discussão mais acesa.

Preferimos, frequentemente, falar alto, de uma extremidade para outra, do que deslocarmo-nos para junto do nosso interlocutor. Porque será? É a preguiça. O comodismo.
Naturalmente que o controlo do volume da voz se vai conseguindo com o tempo.

É comum alguém gritar para ser ouvido, mesmo a pouca distância, como se o conteúdo do que é dito não fosse por si só suficientemente importante ou eloquente para exigir uma audição atenta.

Toda esta reflexão vem a propósito de uma - muito eloquente - frase de Mark Twain que diz o seguinte:

"O barulho não prova nada: muitas vezes, uma galinha que simplesmente pôs um ovo cacareja como se tivesse posto um asteróide."

Poder-lhe-ia juntar um pensamento de Vergílio Ferreira [incluído em "Pensar"]:

"Falar alto para quê? Poupa as forças, fala baixo. Poderás talvez assim ser ouvido ainda, quando os outros que falam alto se calarem estoirados."

Aqui vos deixo o truque e o conselho. Não se cansem!

22.8.06

As poucas vantagens

Conseguir resistir à tentação de trocar o trabalho por mais uns dias por estas paragens não foi fácil.


[Zambujeira do Mar]

Para aqueles que, como eu, têm a penosa tarefa de estar a trabalhar em pleno mês de Agosto aqui ficam as POUCAS VANTAGENS de estar dentro de um local fechado quando o sol brilha de forma intensa fora das quatro paredes:
- O percurso diário não demora 30 minutos mas apenas 10;
- Encontrar um lugar para estacionar não dura mais do que 10 segundos;
- O telefone toca muito menos vezes;
- Os almoços podem ser mais prolongados e sem pressas;
- É quase possível sair a horas de aproveitar o sol numa esplanada;
- Trabalha-se muito melhor e sem constantes interrupções...

Apesar de tudo... Não me importava nada de estar estendida ao sol por mais uns dias...

21.8.06

Da natureza delas

Há uns dias atrás, num documentário da RTP2, falou-se daquele insecto que dá nome ao blog [e à signatária] - as joaninhas.

Como me rendo absolutamente a estes seres, lembraram-se de fotografar uma imagem daquele documentário:


A legenda foi, para mim, uma descoberta completa. As joaninhas são carnívoras??

Apressei-me na pesquisa e obtive a confirmação. As joaninhas são mesmo carnívoras!

Divulguem-se, então, alguns factos científicos das coccinellidae:
- existem cerca de 4500 espécies de joaninhas;
- o seu tamanho varia entre 1 mílimetro e 1 centímetro;
- diz-se que o seu sabor é absolutamente desagradável e até tóxico, o que constitui um replente para aqueles que se aventurem a dar-lhes uma dentada;
- as joaninhas podem alimentar-se de plantas, mas há espécies que são "predadoras e carnívoras".





Tenham, portanto, cuidado, quando incomodarem uma joaninha. Ela pode revoltar-se! :)

P.S. Para quem não se recorda. Fica o link para o anúncio da Peugeot com as joaninhas...

17.8.06

Momentos alentejanos fugazes


[@ Zambujeira do Mar]

1 - Acordar com o típico pão alentejano ainda quente.
2 - Passar o dia nas belas praias pouco povoadas da costa vicentina (que marcam a diferença face à confusão das algarvias).
3 - O sabor da açorda de marisco, da feijoada de búzios ou da massa de cherne com lagostins.
4 - A tranquilidade do turismo rural.
5 - A vontade de adiar o final das férias.

14.8.06

Pormenores


[@ Zagreb]


[@ Split]

[@ Split]


[@ Hvar]



P. S. Contributo fotográfico da R. para o registo da fuga para a Croácia. Fica o agradecimento público! ;)

Relatos da fuga para a Croácia - iv

- Dubrovnik

Não é fácil conseguir alcançar um dos locais mais turísticos da costa croata. Para chegar a Dubrovnik, só mesmo de autocarro. E, mesmo assim, este demora uma eternidade...

Aí chegados, somos, uma vez mais, solicitados para o alojamento e confirmamos a ideia da falta de simpatia com que nos tínhamos vindo a deparar. Foi mesmo a cidade TOP em antipatia e rudeza!

Apesar disso, saliente-se a hospitalidade da Sr.ª Katie que nos abriu as portas de sua casa, mostrando-nos os quartos com motivos religiosos, enquanto nos oferecia um sumo de laranja (seria???!!!) de qualidade duvidosa...

O centro - Old town - é deslumbrante, salientando-se, naturalmente, as muralhas:





E a arquitectura do seu interior:


Os portugueses abundam a cada cruzamento e identificam-se pelo estilo e pela forma ruidosa com que marcam a sua presença.

Dubrovnik marcou ainda pela quantidade de mosquitos que decidiu atacar massivamente metade do grupo.

A noite na Old Town caracteriza-se pelo ritmo, pela música. No entanto, a animação esvanece cedo, sendo um dos poucos focos de atenção da zona o hábito de subir a uma pedra, tentar o equilíbrio em cima dela e tirar a t-shirt, vestindo-a novamente... Com alguma coisa teriam os turistas de se entreter!!

Regressados às terras lusas, fica a satisfação de termos conhecido um país com muito encanto, mas que necessita de alguns ajustamentos [a nível humano] para conseguir manter os turistas dentro das suas fronteiras. Potencial ao nível da história, paisagens e praia não falta.



[@ Bar Abdenga, Dubrovnik]


13.8.06

Relatos da fuga para a Croácia - iii

- Hvar

Mais uma ilha, mais uma paragem. Desta vez por tempo suficiente para um conhecimento mais aprofundado.

A tradição verificada nos anteriores locais mantém-se aqui. Assim que chegámos à cidade, somos logo abordados por autóctones a oferecerem as suas casas para alojamento. Dada a excelente localização da casa onde nos viemos a instalar vieram vários turistas bater-nos à porta a pedir dormida. Ainda pensámos em negociar...



Foi o sítio com a maior concentração de "gente bem" [ao que nos pareceu, mas segundo o T. o que parece é...] por metro quadrado. Ainda que à noite pareça a "feira das vaidades", com uma passarele constante de pseudo e quase modelos, a animação é contagiante.
Com uma marina muito bem recheada, um centro histórico com o seu encanto [e com a probição expressa de andar de bikini pelas ruas] e uma animação nocturna absolutamente imperdível.

O spot mais visitado é o "Carpe Diem" que começa, desde as 17h, a encher o seu espaço, devido à altura da música, audível em metade da ilha.

Também em Hvar as praias não têm areia. Só rochas e o mar igualmente imprescindível.
Durante o dia, o melhor é mesmo lutar por uma rocha o mais lisa possível junto do Hula Hula - um bar com música de dança desde manhã e que impede que se consiga uma rendição ao "dolce fare niente". É mesmo impossível resistir a um pé de dança entre dois mergulhos no mar. Absolutamente recomendável.


[@ Hula Hula ao entardecer]



[@ Hula Hula durante o dia]

P.S. Em Hvar descobrimos o encanto de falar brasileiro. A partir de certa hora da madrugada, comunicávamos entre nós unicamente com aquele sotaque, abandonando os nossos [do Porto, de Coimbra e de Lisboa].

Final stop - Dubrovnik.
TBC...

12.8.06

Relatos da fuga para a Croácia - ii

O amanhecer em Zagreb permite uma aprendizagem. Não há pequenos-almoços à portuguesa. Se o objectivo for, por exemplo, uma meia de leite com uma sande de queijo, há que fazer um tour por três locais:
1) Comprar o queijo num mercado, assim como as facas;
2) Comprar o pão numa padaria;
3) Tomar a meia de leite num café, levando o pão, as facas e o queijo para que o cenário fique completo.

Os cafés só servem bebidas. Nada que se possa comer. As padarias só vendem o pão... Sem nada a rechear! O conceito de 3 em 1 é inexistente. Assim se vê o taylorismo nos tempos modernos - cada um se ocupa de uma etapa no processo do pequeno-almoço.

- Próxima paragem - Split


Ainda que a estada na cidade tenha sido rápida, deu para apreciar a praia, a água do adriático a uma temperatura inacreditável, e os saborosos pratos servidos no restaurante Kibela [dalmatinska musaka, pujene paprike, rasted pancakes]. Uma das melhores refeições croatas, que ficou, como quase todas as outras, a um preço muito acessível.

A praia com areia é um mito e a entrada no mar obriga à utilização de sapatos de borracha. Apesar de tudo, vale a pena pela transparência e temperatura da água.

- Brac
Uma ilha de visita obrigatória. Bol é a praia mais próxima do nosso conceito, com pedras a que - com muito esforço - alguns chamam de areia.




Conhecemos a "Mamma" Milica [proprietária da casa onde nos alojámos] que, não falando outra língua que não o croata, nos conseguiu dizer - e nós conseguimos perceber - o seu historial de saúde quase completo.

Em virtude de problemas em fechar a porta à chave durante a noite, tivemos que nos barricar em casa, recorrendo a cadeiras...







Amanhecemos com a chuva, mas foi de pouca dura!

Next stop - Hvar.

TBC...

11.8.06

Relatos da fuga para a Croácia - i

[@ Dubrovnik]

Lança-se o mote:
"É amanhã dia 1 de Agosto
E tudo em mim é um fogo posto
Sacola às costas, cantante na mão
Enterro os pés no calor do chão
É tanto o sol pelo caminho
Que vendo um, não me sinto sozinho
Todos os anos em praias diferentes
Se buscam corpos sedosos e quentes.

Adoro ver a praia dourada
O estranho brilho da areia molhada
Mergulho verde nas ondas do mar
Procuro o fundo para lhe tocar
Estendido ao sol sem nada a dizer
Sorriso aberto de puro prazer."


Tim (Xutos e Pontapés).

Agarra-se a vontade de descoberta de um país e lá vamos nós de mochilas às costas (ou de trolley a arrastar...).

Chegados a Zagreb surge o primeiro contratempo! Onde estão as nossas malas???!!!



Do sexteto, apenas um foi bafejado pela sorte de ver a mochila passear-se deliciosamente pelo tapete rolante.

As outras cinco estariam - de acordo com a simpática (??!!) senhora de branco dos perdidos e achados - em parte incerta - "Millions of bags are lost every day", diz-nos a dita. [à chegada a Lisboa, mais uma mochila perdida, em jeito de déjà vu...]
Ficou o aperitivo da falta de hospitalidade e simpatia com que nos viemos a deparar, várias vezes, durante a nossa estada.

Dada a contingência da falta de malas, houve que rever os planos e ficar na capital croata. Ficámos muito bem instalados na acolhedora "guest house" - FULIR - propriedade dos conhecedores da língua de Camões Dave e Leo. Leo andara a enganar tugas, vendendo em Portugal "estampas", dizendo que tinham sido feitas por ele mas, afinal, eram fabricadas em Espanha...

[@ Fulir (Zagreb), Dave & Leo]

Incansáveis na recuperação das nossas malas [que chegaram, de Mercedes, ao final da tarde], presentearam-nos, ainda, com a "Rakija Sljivovica", a Croatian Burning Sensation, que teve o mérito de ressuscitar a energia dos seis veraneantes com apenas duas horas de sono dormidas algures na Musgueira.


[@ Fulir, papel colocado junto ao lava-loiças]




TBC (to be continued...).