2.3.06

Time out


Nem sempre o tempo me pareceu ser algo tão imponente e invencível como nos últimos anos. Desde que me lembro que utilizo relógio no pulso (houve uma altura em que o usava no pulso direito; não me perguntem porquê, mas devia ser na fase contestatária da minha vida...) e raramente olho para ele durante o dia. Mas se, por alguma razão, me esqueço de o trazer, parece que o dia já não vai ter o mesmo curso.
24 horas são MANIFESTAMENTE insuficientes para se fazer tudo o que se pode, tudo o que se quer, tudo o que nos apetece, tudo que merecemos. O que nos obriga, inevitavelmente, a fazer escolhas.
Apesar desta inevitabilidade fica a intenção de requerer - às autoridades competentes - que o dia tenha duas horas de TIME-OUT. Teríamos direito (direito adquirido à nascença, com o nascimento completo e com vida - para recordar conceitos...) a duas horas de suspensão de contagem de tempo. Que poderíamos gozar quando e como pretendêssemos.
Se assim fosse, não teríamos falhado o cinema dois dias consecutivos, fruto de jantares mais prolongados. Às 21h os relógios teriam parado, ficaríamos mais 2h alegremente à conversa e ainda chegaríamos a tempo de um gelado antes do cinema.
Considero-me a primeira subscritora deste abaixo-assinado para requerer o TIME-OUT de 2 horas por dia. Estão abertas as hostilidades para quem queria subscrever o requerimento...

1 comentário:

Anónimo disse...

Depois de reflectir sobre a razoabilidade do pedido, cheguei à conclusão de que, por vezes, me chegaria um time-out de 10 minutos diários. Em 10 minutos poderia sorrir um infinidade de vezes, soltar umas quantas gargalhadas, ouvir e dizer, ínumeras vezes, a palavra amo-te...Na verdade, o problema não está no tempo que não temos, mas sim, no tempo que não aproveitámos.
Xana