A mais recente aquisição de um dos bares sitos na mesma rua da casa verde, em Coimbra, foi toda a artilharia relacionada com o karaoke.
A etimologia da palavra karaoke (de origem japonesa) remete para o conceito de vazio (kara) de orquestra (oke). Portanto, só temos a música de fundo que fica pronta para acolher as vozes mais corajosas que se apresentem para cantar.
As minhas – poucas – incursões em karaoke são quase todas traumáticas. O primeiro contacto que tive foi há cerca de 15 anos, no Algarve, nas míticas festas de animação que tinham os hotéis. Só quase os ingleses cantavam e, na sua maioria, de forma desafinada. Era uma tortura ouvi-los.
Quando me atrevi a cantar pela primeira vez [num bar que julgo estar já extinto, mas acho que não foi por minha causa…], caí no erro (não repetido) de cantar uma música que pouco mais conhecia do que o refrão e cuja música de fundo era muito baixa. Por isso, foi perfeitamente audível para todos os que ali se encontravam que a voz da pessoa que estava a cantar não era muito afinada…
A partir desse momento, e depois de outras incursões, surgem algumas dicas para quem (como eu) não cante lá muito bem, mas que queira – ainda assim – aventurar-se em frente ao micro:
- a música a escolher deve ser o mais pimba possível e, de preferência, muito conhecida. Com sorte, a assistência começa a cantar e pouco mais teremos que fazer do que mover os lábios como se estivéssemos a fazer playback.
- não se deve cantar sozinho. No mínimo reunir três pessoas e evitar ficar com o microfone. Basta dar a entender que se está a cantar.
- evitar cantar alcoolizado. Os resultados podem ser irreparáveis…
Regressando ao bar da rua da casa verde, ali não existe isolamento sonoro. Conseguem-se ouvir perfeitamente todos os hits do karaoke – desde o mítico “Anzol”, passando por “Amanhã de manhã” e “More than words”.
Daí que se aplique o ditado – “Se não os podes vencer, junta-te a eles”. Enquanto eles cantam (e impossibilitam que se consiga dormir), nós encantamo-nos noutros spots e com outras músicas:
[Morangoska, @ Botânico Bar]
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