9.4.06

Tomar de assalto a capital

O propósito oficial da deslocação à capital era assistir ao Musical Sexta-feira 13. Mas o fim de semana foi de tal modo aproveitado ao segundo que deu tempo para muito mais. Para rever amigos que já não se viam há meses (e que nos acolheram, de braços abertos, nos seus habitats...), visitar os Jerónimos, experimentar um Gin do Mar ou ver a exposição da Frida Kahlo.

Take 1 - Musical Sexta-feira 13



Não tinha expectativas elevadas em relação ao que ia assistir mas fiquei - devo reconhecê-lo - agradevelmente surpreendida. Um espectáculo interactivo, com uma coreografia fabulosa e, é claro, com a música dos Xutos & Pontapés. Assistimos de pé a todo o musical, mas éramos constantemente convidados a circular, porque os palcos giratórios moviam-se no meio da assistência.

O ponto alto foi, para mim, o "Circo de Feras"; mas que muito rivalizou com "Contentores" (a música que encerrou o espectáculo). Muita luz, muito som... Que fica na memória.

Take 2 - Pastéis de Belém




Naturalmente que o nosso pequeno-almoço foi saudável...

Take 3 - Mosteiro dos Jerónimos

As minhas visitas a Lisboa nunca tinham proporcionado uma visita aos Claustros do Mosteiro dos Jerónimos. Ainda que salpicados por uma chuva que teimou em nos acompanhar naquele espaço, deu para concluir que há locais que valem a pena ser observados, visitados e, como é óbvio, fotografados.




Take 4 - Frida Kahlo



Insisti na visita à exposição patente no CCB sobre a vida e obra de Frida Kahlo. Só conhecia - até hoje - duas ou três obras da pintora e ignorava como tinha sido a sua vida (escapou-me o filme que foi feito já há uns bons meses).

A própria dizia: "Nunca pintei sonhos. Só pintei a minha própria realidade" [negando a qualificação que lhe era feita de surrealista]. E essa realidade sempre foi violenta. Desde os abortos sucessivos que sofreu, a amputação da perna direita e, ainda, as várias operações à coluna [que motivaram a pintura da obra que dá imagem à exposição]. Mas Frida, se representava a sua realidade, a sua vida, nos quadros não deixavam entrever o seu sofrimento. Só numa idade mais avançada é que reconhece, pintando-a, possuir uma máscara de mulher serena.

Só lamento que a organização da exposição tenha pecado por falta de controlo na afluência. Demasiadas pessoas dentro do mesmo espaço impediam que se conseguisse vislumbrar na perfeição cada quadro, cada fotografia, cada palavra.

O saldo do fim de semana foi, sem dúvida, extremamente positivo... Mas soube a pouco!

2 comentários:

Joaninha disse...

Estavam divinais (foram dois para cada um...). Trouxe uns comigo. Queres que te mande um por mail?

Tigrão disse...

Faltou o Take 5: visita à Catedral da Luz! E para a visita não perder o seu espírito cultural uma conversinha com o Luís Filipe Vieira e o José Veiga. De certeza que já visitaram a exposição da Frida Kahlo, podias ter aproveitado para trocar impressões com eles... :)