22.4.06

Cacos

Quebra - (s.f.) acto ou efeito de quebrar; perda; dano; (adj. bras.) diz-se do animal ou pessoa de má qualidade [esta é nova!...].

Uma das [muitas] conversas tidas ontem à noite, à mesa da Casa Melo, foi relacionada com as maiores quebras que nos recordamos.
Na minha infância e início da adolescência sempre parti muitos copos e pratos. Involuntariamente mas como resultado da minha (ainda existente) incapacidade de ficar parada durante muito tempo.
Em casa, qualquer jantar com visitas resulta quase sempre na quebra de um qualquer objecto. Normalmente não colamos nada. Vai tudo para o lixo.
Lembro-me uma vez que se partiu uma taça de cristal no próprio dia em que foi oferecida, no Natal. Talvez tenha sido essa a quebra mais custosa.


Acho interessante todas as superstições e crenças populares à volta do acto de partir ou quebrar um objecto:
- partir um espelho significa sete anos de azar;
- partir uma garrafa de azeite é o pior presságio possível.


Das melhores quebras relatadas ontem saliento a da C. e da H. A da C. quando abre o frigorífico na véspera da Páscoa e cai uma taça com o polvo pré-cozido para o dia seguinte. Parte-se a taça, estraga-se o polvo e há que inventar uma nova refeição para o almoço festivo.
A da H. é igualmente hilariante.
Em casa da irmã duas jarras estão estrategicamente (mal) colocadas em cima das colunas de som. Quando decide ouvir música nas alturas, eis que as duas jarras caem ao chão devido à trepidação...
Naturalmente que o pior é mesmo limpar os cacos! Porque motivo os vidros teimam em aparecer várias semanas depois de se ter partido alguma coisa? Lá está o Eterno Retorno, de Nietzsche mesmo no simples acto de partir qualquer objecto...

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