Impulsionada pelo Dia Mundial do Livro que se comemora hoje, exercitei a memória e fiz uma recolha dos livros que mais me marcaram até ao dia de hoje. Não estão elencados por ordem de preferência, já que é difícil comparar livros tão diferentes, escritos com motivações díspares e para ocasiões específicas.
Em casa, todos os quartos têm, pelo menos, uma estante com livros e há uma outra no corredor. A sala é espaço livre de livros. Percorro as lombadas dos livros e procuro chegar a alguma conclusão quanto aos que mais me marcaram. Tarefa hercúlea esta a que me dedico. Mas aqui fica uma primeira tentativa:
Os Maias (Eça de Queiroz) – sem dúvida um dos livros que mais me fascinou e que ainda prende a minha atenção. Li-o mais do que uma vez e sempre me ri das peripécias do João da Ega, sempre admirei as reflexões da época que se mantêm actuais e a capacidade genial do autor para pintar cenários. A última visita à obra foi feita, conforme escrevi num post anterior, aquando da assistência à peça de teatro que procurou adaptar o romance.
Ensaio sobre a Cegueira (José Saramago) – foi dos livros cuja leitura mais me angustiou, por me ter possibilitado uma reflexão que nunca tinha tido acerca da condição humana e da importância da visão. Também assisti à representação teatral da obra e foi igualmente intrigante. Uma referência.
Equador (Miguel Sousa Tavares) – uma agradável surpresa. Conseguiu, com mérito, fazer nascer em muitos leitores a vontade de conhecer as paisagens paradisíacas que tão bem descreveu.
Pensar e Na tua face (Vergílio Ferreira) – difícil escolher um deles. Disputa com Eça de Queiroz o pódio de meu escritor de eleição. O “Pensar” contém várias reflexões do autor sobre os mais diversos temas. Consultei inúmeras vezes, como que à procura de um apoio quanto a uma ideia ou opinião. “Na tua face” por ter passagens verdadeiramente inteligentes e que chamam a atenção para realidades eventualmente menos belas.
A causa das coisas (Miguel Esteves Cardoso) – quase me esquecia de umas palavras para este livro. Para mim, um dos melhores textos cómicos dos últimos anos. Para ler em alturas de maior stress e quando a necessidade de riso seja patológica.
O retrato de Dorian Gray (Oscar Wilde) – um dos poucos livros que li a conselho de alguém. Quase todos os que leio são escolhidos por mim (daí que não possa culpar ninguém de escolhas menos felizes…). Ainda que com alguns dizeres sejam lugares-comuns a personagem principal é admirável.
Fica a faltar a descrição de muitos igualmente de referência. Como todos os do Harry Potter (influência fraternal), O Principezinho, A Metamorfose, Os Miseráveis, O Deus das Pequenas Coisas, O Perfume, Como Água para Chocolate, Grandes Esperanças…
Tenho pena que o tempo para a leitura – de livros não relacionados com a minha área de actividade – seja cada vez menos. Quase só na praia – para mim um dos melhores locais de leitura – e, naturalmente, durante as férias.
Actualmente está sob leitura “A Conspiração”, de Dan Brown, depois de, FINALMENTE, ter lido o famoso “Código Da Vinci”.
Boas leituras.
Em casa, todos os quartos têm, pelo menos, uma estante com livros e há uma outra no corredor. A sala é espaço livre de livros. Percorro as lombadas dos livros e procuro chegar a alguma conclusão quanto aos que mais me marcaram. Tarefa hercúlea esta a que me dedico. Mas aqui fica uma primeira tentativa:
Os Maias (Eça de Queiroz) – sem dúvida um dos livros que mais me fascinou e que ainda prende a minha atenção. Li-o mais do que uma vez e sempre me ri das peripécias do João da Ega, sempre admirei as reflexões da época que se mantêm actuais e a capacidade genial do autor para pintar cenários. A última visita à obra foi feita, conforme escrevi num post anterior, aquando da assistência à peça de teatro que procurou adaptar o romance.
Ensaio sobre a Cegueira (José Saramago) – foi dos livros cuja leitura mais me angustiou, por me ter possibilitado uma reflexão que nunca tinha tido acerca da condição humana e da importância da visão. Também assisti à representação teatral da obra e foi igualmente intrigante. Uma referência.
Equador (Miguel Sousa Tavares) – uma agradável surpresa. Conseguiu, com mérito, fazer nascer em muitos leitores a vontade de conhecer as paisagens paradisíacas que tão bem descreveu.
Pensar e Na tua face (Vergílio Ferreira) – difícil escolher um deles. Disputa com Eça de Queiroz o pódio de meu escritor de eleição. O “Pensar” contém várias reflexões do autor sobre os mais diversos temas. Consultei inúmeras vezes, como que à procura de um apoio quanto a uma ideia ou opinião. “Na tua face” por ter passagens verdadeiramente inteligentes e que chamam a atenção para realidades eventualmente menos belas.
A causa das coisas (Miguel Esteves Cardoso) – quase me esquecia de umas palavras para este livro. Para mim, um dos melhores textos cómicos dos últimos anos. Para ler em alturas de maior stress e quando a necessidade de riso seja patológica.
O retrato de Dorian Gray (Oscar Wilde) – um dos poucos livros que li a conselho de alguém. Quase todos os que leio são escolhidos por mim (daí que não possa culpar ninguém de escolhas menos felizes…). Ainda que com alguns dizeres sejam lugares-comuns a personagem principal é admirável.
Fica a faltar a descrição de muitos igualmente de referência. Como todos os do Harry Potter (influência fraternal), O Principezinho, A Metamorfose, Os Miseráveis, O Deus das Pequenas Coisas, O Perfume, Como Água para Chocolate, Grandes Esperanças…
Tenho pena que o tempo para a leitura – de livros não relacionados com a minha área de actividade – seja cada vez menos. Quase só na praia – para mim um dos melhores locais de leitura – e, naturalmente, durante as férias.
Actualmente está sob leitura “A Conspiração”, de Dan Brown, depois de, FINALMENTE, ter lido o famoso “Código Da Vinci”.
Boas leituras.
2 comentários:
Concordo com a abertura: Os Maias, claro, sempre. Mas desgostou-me ver essa lacuna escandalosa que é a ausência de uma referência aos "Cem Anos de Solidão" de Gabriel García Marquez (acho que pus ênfase suficiente no meu estado de choque). E já que falamos de livros, aproveito o momento: 24 Horas na Vida de Uma Mulher, de Stefan Zweig; Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley; O Perfume, de Patrick Süskind.
Resta-me partilhar inteiramente o teu lamento de não ter tempo para ler... coisas que se situem fora da nossa área de actividade, que quase sempre nos submerge em literatura da especialidade....
Carina, esperemos que o black-out tenha o efeito desejado. O FCP esteve em black-out imenso tempo e foi campeão nacional!
JGil, não esqueci o Cem Anos de Solidão. Li-o no início da adolescência e sei que adorei o final. Talvez esteja na altura de o reler para ver se passa à categoria de "favoritos"!
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