23.2.06

A queda de um anjo



Supostamente, e o supostamente deve ser a negrito e bem sublinhado, a partir do momento em que se aprende a andar não se devia cair. Mas a verdade é que as evidências raramente se verificam e, de acordo com a Lei de Murphy, "quando as coisas podem correr mal, correm mal de certeza!".
Como resultado do trabalho de campo realizado nos últimos dias relativamente aos melhores tombos, quedas e trambolhões, cheguei ao seguinte Best off das quedas:
- Negra como a noite - personagens - MÃE E FILHA (com 5 anos):
- FILHA - Mãe, não me largues.
- MÃE - Se não te largar, não vais aprender a andar de bicicleta!
Filosofia da filha "Prefiro atirar-me ao chão em andamento, esfolar cara, ombros, cotovelos, joelhos do que cair da bicicleta". E a filha atirou-se...
- ROO (espero que não me censure a partilha) - há uns meses atrás, no preciso momento em que se dirigia para cumprimentar os juízes do Tribunal da Relação do Porto, tropeça na toga e nos fios dos microfones e espalha-se redondamente;
- Xana - em plena biblioteca de Santiago de Compostela, queda com livros na mão, nas escadas.
- Aniversariante do dia - no cortejo da queima das fitas do Porto, a descer a Rua da Torre dos Clérigos (que a partir desse momento, passou a ser designada como Torre do Tombo), grande queda que provoca visita ao hospital das proximidades, onde é suturada por interno aprendiz que pergunta "como é que se faz?" ou qualquer coisa do género. Eleita a melhor queda até agora conhecida!
E estas são só algumas...
As minhas quedas ainda são algumas. 75% delas provocadas pelos saltos altos. Em mais de metade delas, os ditos saltos partem-se e lá surgem as sessões de equilibrismo!
A última delas, a subir as escadas do Tribunal de Gaia, há dois dias, com toga e códigos na mão.
Convido-vos a recordarem as vossas melhores quedas e - se o quiserem - partilhem aqui com a signatária. Porque os anjos também caem.
P.S. Parabéns aos gémeos aniversariantes!

5 comentários:

Anónimo disse...

Joaninha,

Um contributo mais para a tua antologia de quedas memoráveis: em 1986 (já se passaram vinte anos?!), a sair de uma viatura, à entrada da "Casa Rosada", em Buenos Aires, que é a residência oficial do Chefe de Estado e sede de Governo da República Argentina. Grande aparato, grande confusão instalada. E era só uma queda...

Beijos!

P.S.-Adorei a descrição, no teu post, de uma determinada queda, que tão familiar me é!

Anónimo disse...

Joaninha,

Um contributo mais para a tua antologia de quedas memoráveis: em 1986 (já se passaram vinte anos?!), a sair de uma viatura, à entrada da "Casa Rosada", em Buenos Aires, que é a residência oficial do Chefe de Estado e sede de Governo da República Argentina. Grande aparato, grande confusão instalada. E era só uma queda...

Beijos!

P.S.-Adorei a descrição, no teu post, de uma determinada queda, que tão familiar me é!

Anónimo disse...

A queda que a Joaninha relata não transmite o que na realidade aconteceu.

Fui às varas criminais fazer um julgamente de cúmulo juridico de um arguido que tinha cometido só 24 assaltos em menos de 6 meses.

Nada de especial...correu bem!

Foi a meu primeiro julgamento como advogada e ao contrário do que hoje em dia acontece, os Magistrados (3 juízes mais MP) e o colega eram todos homens.

A despedir-me e a efectuar aquele ritual tão comum dos cumprimentos, tropecei na toga e nos fios dos microfones (inúteis numa sala tão pequena) e caí ficando com o "rabinho virado para o céu" ou seja virado para a cara dos Magistrados!!!

Eu desatei a rir como todos os outros...

Pensando bem tive sorte... os 6 ou 7 polícias que acompanharam o meu arguido e ele próprio já tinham saído da sala!

Como o Estado ainda não me pagou este Julgamento - foi em DEZ de 2004- acho que causei alguns estragos e por isso não me pagaram...

Foi das situações mais engraçadas da minha vida.
Foi a primeira e única intervenção, em Tribunal, como advogada e causei aquela verdadeira sensação!!!!

Joaninha disse...

Ritinha,
Foram momentos verdadeiramente hilariantes aqueles que nos proporcionaste de cada vez que recordamos este episódio... Fica a correcção. Foi nas varas e não na relação. Não me enganei no edifício, pelo menos!
Bjo.

Anónimo disse...

Se se escolher cair, pelo menos que se faça aos pés de quem merece a nossa vénia. O meu deslize aconteceu em Santiago, não aos pés do Santo, mas aos pés da santa Joaninha (em fuga).
Xana