Talvez por influência doméstica, os decibéis das minhas palavras atingem, por vezes, um nível acima do normal. Mesmo em conversação corrente, fora de uma discussão mais acesa.
Preferimos, frequentemente, falar alto, de uma extremidade para outra, do que deslocarmo-nos para junto do nosso interlocutor. Porque será? É a preguiça. O comodismo.
Naturalmente que o controlo do volume da voz se vai conseguindo com o tempo.
É comum alguém gritar para ser ouvido, mesmo a pouca distância, como se o conteúdo do que é dito não fosse por si só suficientemente importante ou eloquente para exigir uma audição atenta.
Toda esta reflexão vem a propósito de uma - muito eloquente - frase de Mark Twain que diz o seguinte:
"O barulho não prova nada: muitas vezes, uma galinha que simplesmente pôs um ovo cacareja como se tivesse posto um asteróide."
Poder-lhe-ia juntar um pensamento de Vergílio Ferreira [incluído em "Pensar"]:
"Falar alto para quê? Poupa as forças, fala baixo. Poderás talvez assim ser ouvido ainda, quando os outros que falam alto se calarem estoirados."
Aqui vos deixo o truque e o conselho. Não se cansem!
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