30.10.07

Ir à bola

São poucas as equipas e os jogos que me fazem ir ao estádio. Principalmente quando as temperaturas demonstram que o Verão já vai longe e só nos apetece mesmo ver o jogo num confortável sofá, aquecimento ligado e uma mantinha nas pernas.

Mas como não há regra sem excepção, lá fui eu para, uma vez mais, assistir ao FCP-Leixões. A última tinha sido um "amigável" (?!) entre as duas equipas.

Arrastada por um convite, instalei-me no lugar que o bilhete marcava mas rodeada de cachecóis azuis e brancos e de portistas que se mantiveram em silêncio, e de braços cruzados, durante quase todo o jogo [exceptuando as três vezes que se levantaram, mas isso agora não interessa nada!...].
As únicas vozes que ali se ouviam eram, além da ruidosa claque do Leixões, as vozes femininas a torcer pelos vermelhos e brancos - "vai", "corre", "até eu marcava esse canto melhor". Os senhores (portistas) que por ali se encontravam, em larga maioria, sorriam com indiferença.

Olhando em redor, consegui traçar o perfil de 4 tipos de adeptos:
- o adepto que preferia estar em casa (ou se fosse no estádio, que fosse em cadeiras aquecidas, sem vento, sem trânsito a chegar e a sair do estádio e com a possibilidade de ver algumas jogadas em câmara lenta...);

- o verdadeiro adepto - grita a plenos pulmões, agita a bandeira, pinta a cara com as cores da equipa, veste a camisola com as cores da equipa (ou até, mesmo quando estão 4º, anda em tronco nu...) e, pelo meio, dá ordens aos jogadores, ao treinador e ao árbrito.

- o adepto em família - vem em grupo, como um ritual.

- o adepto saído do escritório - de fato e gravata (ele), de salto alto (ela). Vê o jogo sem gritar, sem resmungar, sem grandes manifestações emocionais.

Para a próxima façam-me o favor de ganhar, ok?

24.10.07

Portugal no seu melhor - iii


Alguém precisa de ir à "Alfisina"?

23.10.07

Manias - ii

Apesar de ser o símbolo de uma estação do ano que não aprecio de todo, gosto do inimitável cheiro da chuva.

16.10.07

Frase(s) do dia - vi



"Dê-me o benefício das suas convicções, se as tiver, mas guarde para si as dúvidas. Bastam-me as que tenho". (Wolfgang von Goethe).

"Se duvidas, cala-te", Zoroastro.


Ditados (im)populares...

13.10.07

Superstars (David Fonseca)

Nem sempre as músicas lhe saem bem, mas quando saem, ou por sorte, ou qualquer outro motivo, dá nisto: uma música para ouvir como um elixir de energia. Para consumir consoante as necessidades e sem efeitos secundários.

O videoclip tem cor e ritmo e o refrão fica no ouvido.

Bom fim de semana!

12.10.07

As letras por trás das músicas - i

Ao que parece corre por aí a notícia de que Sting é o pior letrista do mundo. Terá, ao que consta, contribuído para chegar ao topo da lista as letras de "Don't Stand So Close to Me" e "If You Love Someone Set Them Free", que terão sido copiadas de outros autores. E nós que nos divertíamos nas aulas de inglês a descodificar a música "Englishman in New York", parece agora tudo um mito.

Enquanto se desconhece a lista final dos piores letristas, aqui vai uma recolha de algumas pérolas das letras por trás das músicas:

Os pedidos incompreensíveis:

You're never here
You're never near here
What day is this?
What day?
Whose day is this?
Put me in your supermarket list (Silence 4, Borrow)

Às 5 e meia em ponto
Telefonas-me a dizer:
Não sei viver sem ti amor
Não sei o que fazer
Faz-me favas com chouriço
O meu prato favorito
Quando chego para jantar
Quase nem acredito! (A pouco e pouco, José Cid)

O artista dentro do artista:

Sipping Bailey's Cream
By the stereo
Trying to find relief
On the radio
I'm suppressing the tears
But they start to flow
'Cause the next song I hear
Is a song I wrote
When we first got together
Early that September
I can't bear to listen
So I might as well drift
In the kitchen
Pour another glass or two
And try to forget you
(Mariah Carey, Crybaby)

E, mais uma vez, José Cid.

Faço a barba
E dá na rádio
O Zé Cid a cantar
(José Cid, A pouco e pouco)

Aceitam-se contributos...

8.10.07

Manias - i

Começar a ler as revistas da última para a primeira página.


[Deve ser alguma costela árabe...]

7.10.07

Déjà vu


Com o início da inominada estação do ano em que nos encontramos, recupera-se o conceito de couch-movie, porque isto de sair de casa para ir ao cinema não é fácil quando a preguiça e o mau tempo nos dominam quase integralmente.

O filme já tem alguns meses, ainda que só recentemente tenha chegado em versão doméstica (aka dvd); Déjà vu traz-nos Denzel Washington no papel de um agente ATF (especialista em armas e explosivos) que tem a difícil missão não só de descobrir a autoria de um atentado bombista que causa centenas de mortos em New Orleans mas também, sabe-se lá como, evitar que o mesmo suceda.

Toda a película assume uma densidade ficcional nem sempre simples de acompanhar (principalmente quando o cansaço exigia um filme de futilidades), com a tentativa de fintar o destino, viajar no tempo e jogar com essas grandezas aparentemente incontroláveis que são o tempo e o espaço.

Esperava que fosse um pouco mais explorado o conceito de "déjà vu" que tantas vezes nos assalta no dia-a-dia, conceito que terá sido cientificamente rotulado por Émile Boirac, no final do século XIX.

Garante-se que quem o vir fica preso ao ecrã até ao final. Tendo-o perdido em versão cinema, vale a pena o seu visionamento no género doméstico.

Leva 4,5 estrelas (já que 5 estrelas exige algo mais).