31.8.10

Imagens do dia - XIII

Há simplesmente pormenores que, pelo seu encanto, nos retiram (mais) palavras. Dois registos, nas magníficas margens do Rio Douro. Para ir saboreando.


Rio Douro - I






Rio Douro - II


21.6.10

Para quando...


[Londres, Maio 2010]


... as férias??



P.S. A (in)tranquilidade própria de quem não sabe esperar.

21.4.10

Que esse dia não chegue!


Sem dúvida um belo anúncio.

7.3.10

Venham os Óscares


Em jeito de antevisão para mais uma noite de entrega das estatuetas douradas, aqui ficam, uma vez mais, as minhas previsões e apostas.

Num ano marcado pela luta pelas estatuetas entre ex-casados (!) pelos prémios da Academia e pelo (incompreensível) aumento no número de candidatos para Melhor Filme, ainda nada estará decidido.

O vencedor do braço de ferro, parece-me, será James Cameron, em virtude dos acontecimentos dos últimos dias relativos a tentativas de pressão da Academia... O Oscar que já estava nas mãos de Kathryn Bigelow pode ter-lhe fugido entre os dedos.


Aqui ficam, então:

Melhor Filme
- Quem deve ganhar - Avatar
- Por quem vou torcer - Sacanas sem Lei

Reconhece-se que The Hurt Locker pode vir a surpreender. Se Avatar não ganhar nesta categoria, pode ficar, apenas, pelos prémios de caracterização...


Melhor Realizador
- Quem deve ganhar - James Cameron
- Por quem vou torcer - Quentin Tarantino

Mantendo-se a tendência para Melhor Filme e Melhor Realizador coincidirem, a confirmar-se a minha previsão, James Cameron será o grande vencedor.

Taratino levará sempre a que aposte nele (enquanto um dos meus realizadores de eleição), mesmo que saiba, à partida, que os filmes por si concebidos não acolhem aplausos unânimes. De qualquer forma, se o Oscar fosse para Tarantino seria bem entregue!


Melhor Actriz
- Quem deve ganhar - Sandra Bullock (The Blind Side)
- Por quem vou torcer - Meryl Streep (Julie & Julia)

Sandra Bullock e Meryl Streep desempenham, nos filmes para que são nomeadas, papéis muito diferentes daqueles que as lançaram para a ribalta. Sandra Bullock, nos jeitos, caracterização e sotaque, tem uma representação consistente e bem conseguida mas parece faltar "qualquer coisa". De todo o modo, em jeito de prémio pos outros filmes, pode bem ser o ano em que ganha.

Meryl Streep é genial em "Julie & Julia". Sem falhas. Brilhante.

Melhor Actor
- Quem deve ganhar - Jeff Bridges
- Por quem vou torcer - George Clooney (porque já está na altura...)

Melhor Actriz Secundária
- Quem deve ganhar - Mo’Nique
- Por quem vou torcer - Vera Farmiga

Melhor Actor Secundário
- Quem deve ganhar - Christoph Waltz
- Por quem vou torcer - Christoph Waltz

Sacanas sem Lei foi um dos melhores filmes do ano e a representação de Christoph Waltz merece ser premiada. Os críticos não têm dúvida que o prémio é dele.

E amanhã fazem-se as contas!

24.2.10

Guilty Pleasures

De vez em quando, há músicas que vou ouvindo até à exaustão, como verdadeiros guilty pleasures musicais.

Este é o que me ocupa, por estes dias.

E a exaustão ainda não chegou....


28.1.10

No grande ecrã

Após algum interregno, regressei ao cinema e, há que reconhecer, sobretudo para ver dois dos filmes que têm estimulado, neste momento, a crítica, sobretudo em virtude dos prémios alcançados por ambos no âmbito da cerimónia dos Globos de Ouro (mais o primeiro do que o segundo...). Vamos então a eles:

1.Avatar



O género, em si, não faz parte daquele grupo de filmes que me arraste alegremente para o cinema. Tudo o que se enquadre no âmbito do vasto conceito de "ficção científica" costuma causar-me algum desconforto (e admito estar a cometer uma heresia para os aficcionados).

Mas o "Avatar" despertou a minha curiosidade, não só por se apresentar como um dos filmes mais caros na história do cinema, como pelo facto de vir assinado por um realizador que já demonstrou saber surpreender - James Cameron.

E assim fui. Com os óculos 3D, somos levados para um mundo paralelo (?) a algumas décadas de distância e deparamo-nos com seres extra-terrenos com hábitos tão distintos e dignos de aprendizagem. E é a essa empreitada que se atira o personagem Jake Sully, representado por Sam Worthington - conhecer esses seres, os seus hábitos para depois ser mais fácil o domínio dos humanos.

O argumento do filme não é brilhante e chega, frequentemente, a ser previsível para o espectador. Mas o filme não é argumento, pelo menos para mim. O filme vale pela imagem, pelos efeitos, pelo cenário tridimensional e gráfico.

Diverte. Mas não nos rendemos ao seu encanto.

Saldo final
- 3 estrelas.

2. Nas Nuvens




Não é um filme fácil de digerir. Comecemos pelo fim. A sensação que nos acompanha à saída do cinema é de alguma estranheza pela densidade do filme.
Porquê?

Ao contrário do "Avatar" - não sendo dois filmes comparáveis, coloquei a análise dos dois temporalmente perto - "Nas Nuvens" é sobretudo argumento. Tal como era o anterior de Jason Reitman, o belíssimo "Juno".

George Clooney apresenta-se como um quarentão cuja actividade profissional envolve viajar, por avião, cerca de 11 meses por ano, preparando meticulosamente a mesma mala de viagem com o objectivo de despedir pessoas, ou eufemisticamente, levar a que estas abracem outras oportunidades.

É um papel oscarizável em toda a linha. A aparente frieza inerente à actividade de Ryan (Clooney) - e, sobretudo, o distanciamento e ausência de raízes que as viagens obrigam - começa a ser, pouco a pouco, posta em causa. Até ao momento em que a conferência tantas vezes proferida pela personagem quanto a "largarmos tudo o que nos pesa" deixa de fazer sentido. Porque há tanto mais do que viagens de avião. Há tanto mais do "fugas". E a solidão não faz sentido.

Saldo final
- 4 estrelas. Pelo fantástico argumento, pela actuação de Clooney e pela ironia do final.

15.1.10

New York, New York



Apaixonarmo-nos pela cidade é inevitável. Sobretudo pela sua completude. Nova Iorque tem (quase) tudo - jardins, museus, organização, horizonte, monumentos. Falta, talvez, um pouco mais de história, de cultura de povo, que se encontra, abundantemente, em países do Velho Continente. Um metro de melhor qualidade - e que garantisse a deslocação este/oeste/este também seria perfeito.

Fica, então, um pequeno olhar sobre os cantos e percursos de NYC. Os percursos possíveis de percorrer quando a neve, o frio e algum vento, por vezes, nos dificultam os movimentos.


1. Museus

A oferta museológica de Nova Iorque é incompatível com uma visita de apenas uma semana. Ainda assim, com alguma organização de tempo (nem sempre fácil, quando os pontos de interesse não culturais abundam...), conseguem ver-se os principais museus da cidade: Metropolitan, Moma, História Natural e Guggenheim.

Escolher apenas um deles seria demasiado redutor. Pela imensidão e diversidade do espólio talvez optasse pelo Metropolitan (e pelos seus inúmeros Miró, Picasso, Gaugin ou Van Gogh), mas o Guggenheim tem uma arquitectura que o eleva ao pódio, mesmo que a quantidade de obras expostas seja bem menor. É, no entanto, um museu que não cansa, nem é labiríntico nem potencia a que nos percamos...E a exposição de Kandisky é memorável!


Ficam os dois em ex aequo, se me é permitido.



[Metropolitan]



[Guggenheim]

2. Restaurantes

Nova Iorque tem, também ao nível da restauração, uma ampla diversidade de oferta. Desde os restaurantes das cadeias de fast-food (que não abundam tanto como imaginava), aos mais requintados e de excelente cozinha.

Escolher o melhor que visitei é tarefa muito simples. De longe o "Mercer Kitchen", pela localização, decoração (um pouco mais de iluminação seria preferível), serviço e comida. De excelente qualidade, apresentação e originalidade.

Com os atributos descritos o preço não é abusivo. Deixar a escolha das entradas ao empregado é uma óptima opção.


3. Shopping

Como em qualquer cidade em que visite nesta altura do ano, a vertente "compras" está sempre presente. E NYC é uma cidade bem apelativa neste domínio. E não, não me refiro às compras na Chinatown, mas, sobretudo, em todos os cantos da cidade. Os preços são bem simpáticos - desde vestuário à mais recente tecnologia.

O segredo está em descobrir as promoções escondidas em sítios menos frequentados, já que as lojas como a GAP e a Levi's estão sempre cheias.

Se o objectivo for a diversão, a visita à loja dos "M&M" é mais do que recomendada! Londres é mais excêntrica e, por isso, ainda vence Nova Iorque quanto à originalidade.


4. Horizonte

A imensidão de Nova Iorque - sobretudo em altura - pode ser apreciada em vários pontos. Cada um com uma perspectiva diferente mas sendo, todos eles, dignos de visita.

Da Liberty Island vê-se, sobretudo, a parte sul de Manhattan (Downtown), enquanto que do Empire State Building, à noite, alcança-se todo um conjunto de luzes que a descrição em palavras e o registo fotográfico são sempre demasiado pobres para se alcançar a realidade que o nosso olhos consegue captar.


[Vista de Manhanttan do 86º andar do Empire State Building]

A Ponte de Brooklin sendo, por si, motivo de visita permite que, afastando-nos de Manhattan consigamos, finalmente, compreender que Nova Iorque não acaba ali.


5. New Year's Eve

A passagem de ano em Nova Iorque, como tão bem noticiam as nossas televisões, é colorida e muito populosa. De tal forma que todos os acessos a Times Square se encontram fechados desde a tarde de dia 31.12.

De qualquer forma, posso garantir-vos que o Day After tem mais ou menos este aspecto:




E há tantos outros pontos dignos de visita - os passeios pela Greenwich Village (uma das melhores zonas de Nova Iorque para andar a pé, longe do reboliço do centro urbano e dos prédios de dezenas de andares), a Estátua da Liberdade, o Edifício das Nações Unidas, Chinatown, Soho ou o Central Park, coberto de neve, o Harlem e toda a área envolvente da Universidade, a Central Station. E a Broadway, claro. Para ver um musical, mas apenas quando o jet lag já estiver totalmente controlado, para evitar que o sono e o cansaço nos roubem a atenção merecida ao espetáculo grandioso com que somos presenteados...




Por mais que se tente, fica sempre tanto por dizer e mostrar. E recordar. Desde a simpatia dos ali residentes (muitos deles imigrantes, inevitavelmente) ao encanto de descobrir que tanto do que já se viu é tão pequeno quando comparado com NYC. Sem dúvida, uma das cidades mais fascinantes que já percorri.

E o regresso, decerto, não tardará.