28.1.09

O regresso de Woody Allen


Nos preparativos para as apostas para os melhores filmes do ano, regressei às salas de cinema (após um largo período de jejum, reconheço).

Desta vez, para rever Woody Allen e a sua incessante busca da compreensão do comportamento humano relacional. Vicky Cristina Barcelona não deve ter pretensões em chegar ao nível de Match Point ou sequer de Scoop. Ao nível do argumento, este é mais comum, quase em jeito de filme de Domingo à tarde.

Quanto à representação, só mesmo Penélope Cruz consegue subir a fasquia e destacar-se dos restantes, talvez por isso mesmo se compreenda a sua nomeação para o Óscar de Melhor Actriz Secundária.

A história, em si, não podia ser mais simples. Duas amigas vão de férias para Barcelona e uma delas, em vésperas de casamento, começa a avaliar se terá feito uma boa escolha e se todos os princípios e (pre)conceitos que a caracterizam têm realmente sentido. O já esgotado (a nível de cinema) conflito entre razão-emoção surge, uma vez mais, aqui retratado.

Além da representação de Penélope Cruz, destaca-se a banda sonora, diversificada, mas, inevitavelmente com domínio espanhol, de que saliento Paco de Lucia. E, ainda, a cidade. Barcelona.

Saldo final - 3 estrelas.

4.1.09

Paris




Uns dias depois da entrada em 2009, fica um breve olhar sobre os últimos dias de 2008 e os primeiros de 2009 em Paris. Aquela que é, por muitos, e justamente, designada de "Cidade Luz".

O frio foi sempre a nossa companhia e o sol só brilhou, sem aquecer, no último dia. Quase que nos habituamos a que estas viagens, de fim de ano, sejam fugas para o frio.

Os turistas tomam de assalto a capital francesa, provenientes de todos os cantos do mundo e de máquina fotográfica/ de filmar em punho. Tudo é motivo para uma foto - desde os mais diversos ângulos da Torre Eiffel, a todas as obras expostas no Louvre, sem esquecer toda a luz dos Campos Elísios.

Paris é imensa. Nos monumentos, nas pessoas, nas ruas, nos jardins, no interesse histórico, nos museus. E nos preços, também. Mas isso já se esperava. Com tanto turismo, há sempre alguém disposto a pagar os preços exorbitantes mesmo sem pestanejar.

O essencial:
- andar a pé - conhecer a cidade sem ser através de fugazes saídas nas estações de metro. Claro que isto implica tempo, organização e boas leituras dos mapas (nem sempre fácil, reconheço);
- museus - há muitos e sob a égide de várias temáticas. O de Orsay e o do Louvre são imperdíveis. De manhã bem cedo, para evitar as horas de espera. O do Louvre (que reclama quase um dia inteiro para ver, pelo menos na diagonal, toda as obras) com as atracções por todos conhecidas - Mona Lisa, Vénus de Milo, ou a Vitória da Samotrácia. E, das minhas preferidas, as obras relativas às estações do ano, de Arcimboldo, para demonstrar que a pintura pode ser divertida.



Aquele que foi, em 2007, o museu mais visitado do mundo confirma, e supera, todas as expectativas.
- os jardins, palácios e catedrais;
- a comida - não se pode prescindir dos crepes, das baguetes e dos queijos;
- a luz - uma cidade com brilho próprio, mesmo quando a época do ano se caracteriza por algum cinzento.

E, naturalmente, todos os símbolos da cidade, sobejamente conhecidos.

Ficaram por ver alguns museus de destaque e um espectáculo no Moulin Rouge (por ausência de lugares vagos...). Talvez para o ano!

Para ver, rever e prolongar estadias.