Durante muito tempo julgava-na adormecida, sem actuação visível nos mais diversos espaços abertos ao público. Agora surge em todos os cantos e a sociedade civil tem levantado a voz quanto à sua rigorosa inspecção.
Desde as bolas de berlim na praia, à venda de castanhas assadas em folha de jornal, passando pela colher de pau...
A Senhora Dona ASAE irritou-se com a crítica que lhe tem sido feita - incluindo uma petição que tem circulado pela net - e veio acalmar-nos com os seus esclarecimentos:
a) Vamos continuar a poder ouvir os pregões de "Olhá boolaaa de berlinnng", na praia, desde que "produzidas num estabelecimento devidamente licenciado e comercializadas de forma a que esteja garantida a sua não contaminação ou deterioração"; [importa-se de repetir?]
b) Já quanto à bela da castanha assada, nada de utilizar papel de jornal...
c) Aconselha-se uma faca de cor diferente para cada género alimentício. Portanto, uma para a cebola, outra para a batata, outra para a cenoura, outra para a carne, outra para o peixe, outra para o pimento... Mas a Senhora ASAE esclarece e acalma-nos "não sendo requisito legal, é uma boa prática a utilização de facas de cor diferente, pois esse procedimento auxilia a prevenção da ocorrência de contaminações cruzadas."
Aprendam, pois, a colorir as vossas cozinhas, pois "auxilia a prevenção da ocorrência de contaminações cruzadas".
3 comentários:
Acedam ao seguinte blog para rirem um bocadinho:
http://tiburciothesmartest.blogspot.com/
:-))))))
Gostei, em especial, da imagem (com som) do pregão à bola de Berlim!
Eu, compradora assídua de castanhas em dias frios de inverno, em especial na rua de Santa Catarina, confesso que me vai fazer falta a "sujidade" do jornal nas mãos depois de saborear as castanhas. ;-)
O proximo passo é invadirem as nossas casas, inspeccionarem as nossas escovas de dentes, os passadores do leite, a distância que separa o sofá da TV, o asseio do telecomando, o número de lavagens dos chinelos, e, depois de termos reprovado em todos os parâmetros, fecharem a nossa casa delimitando-a com fita amarela tipo "crime scene investigation" e porem-nos na rua. Tudo para que não incorramos, na nossa casa, nalgum risco de contaminação cruzada. Ou noutra coisa pior. Tipo vivermos como nos apetece, por exemplo.
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