7.2.11

O(s) cisne(s) branco e negro



Com os óscares a aproximarem-se a passos largos, está descoberto um pretexto para regressar às salas de cinema (porque é que será que a falta de tempo normalmente sacrifica a cultura?!).

Vou com enormes expectativas ver o "Black Swan" (Cisne Negro) e o filme corresponde. Corresponde, mas não excede. [acontece...]

No papel central, surge-nos a (quase) angelical Natalie Portman - com uma representação mais do que digna para ser devidamente galardoada - numa incessante busca pela perfeição. Pela perfeição na dança, nos movimentos, nos gestos, na graciosidade.

O objectivo central - colocado à personagem Nina - é perder o controlo, viver... Como compatibilizar a perfeição com a libertação? Como imprimir energia e sensualidade quando não se conhece nada mais do que a pureza?

O filme é potente, cru, directo. Com uma densidade psicológica invejável, enquanto se encontra, metaforicamente, quase uma luta entre o belo/feio, o bem/mal, o branco/negro, a sanidade/loucura. A metamorfose, o desenvolvimento, a transmutação de um cisne divino num cisne obscuro.

Gostei do argumento, da representação. E da surpresa. Pena que a crueza do filme nos assalte sem estarmos à espera (sim, eu sei que isto devia ser um ponto positivo...)

Saldo final - 5 estrelas à Natalie Portman e 4 estrelas ao filme.

Enjoy.

2 comentários:

Raul disse...

olá joaninha!
desde já peço desculpa por estar a usar o teu blog para falar de algo que não está relacionado com o mesmo.
chamo-me raul, sou amigo da samanta dinis, e gostava de a reencontrar, pois faz alguns anos que perdi o contacto com ela :(
cheguei a ti através do blog da samanta "on my own", creio que sejam amigas.
agradecia que me dissesses algo para o meu email, raul.agostinho@hotmail.com
obrigado.
bjs

Raul disse...

joananinha...?