31.12.07

Os melhores de 2007

Quando todos fazem - porque a data o exige - o balanço do ano que agora finda, aqui fica a lista dos [MEUS] melhores de 2007, com toda a subjectividade que caracteriza uma escolha deste género.

Música (impossível reduzir a apenas uma):

Linkin Park - What I've I done
Mika - Grace Kelly [a revelação do ano]
My Chemical Romance - I don´t love you
David Fonseca - Superstars II

Cinema:

Num ano que, comparado com o anterior, apresentou filmes menos consensuais (talvez mais perto da data da entrega das estatuetas douradas, o cenário melhore, com a estreia [tardia] em Portugal de alguns que já por cá deveriam andar), e reconhecendo, também, a minha falha nalguns filmes, há que apontar "Gangster Americano" como um dos melhores.

Livro:

"A fórmula de Deus", José Rodrigues dos Santos.

Deixo, também, os votos de um óptimo novo ano de 2008, que seja, independentemente das fugazes resoluções feitas à meia-noite, em grande...

28.12.07

Imagem do dia - XII


[Boleias]

O melhor título para o post seria imagem dos meus dias, já que é um dos divertidos cenários com que me deparo quase diariamente. Um flash apenas possível porque a máquina estava à mão...

27.12.07

A história de uma abelha

Ainda imbuída de espírito natalício, nada melhor do que um filme de animação para prolongar o estado. "A História de uma Abelha" apresenta-se como mais uma produção dos autores de "Shrek" e "Madagascar", mas, pelo menos em relação a "Shrek", não acolhe tantos aplausos.

A história é simples - Barry, um adolescente-abelha à porta do mundo do trabalho, recusa-se a produzir mel a sua vida toda, à semelhança do que fazem todas as abelhas da organizada colmeia. Quando descobre, numa das suas fugas ao mundo fora da colmeia, que os humanos também consomem mel, decide processar as produtoras de mel e exigir a retirada de todas as embalagens expostas na prateleira.

O argumento, que conta com a escrita de Jerry Seinfeld (que também empresta a sua voz ao personagem principal), convence e rouba os sorrisos da plateia.

Aparte algumas falhas científicas no argumento, conseguiu-se reunir as vozes de figuras bem conhecidas do mundo do espectáculo - Renée Zellwegger, Sting (que também é processado por utilizar o nome "sting" [=picada], sem ter pago os direitos de autor), Larry King, Chris Rock ou Oprah Winfrey).


São 90 minutos bem aproveitados, principalmente pelos mais novos [excepto nalgumas piadas (à Seinfeld) e outras que só resultam na língua inglesa].

Saldo final - 3 estrelas.

24.12.07

Cores natalícias?



Quem percorre estes espaços, sabe que a signatária gosta da cor vermelha (rectius, encarnado para baixo do rio Mondego), mas no que se refere ao Natal - e porque se tenta cultivar alguma originalidade - o vermelho e o dourado tendem à ficar fora de portas.

Este ano - e porque já estava prometido há alguns natais - a cor é mesmo o laranja.

Ficam, assim, nestes tons, os votos, a todos, de um excelente NATAL!

Disclaimer natalício



Aqui fica o pormenor do avental (é verdade...) que me foi gentilmente oferecido um destes dias e que desresponsabiliza a sua utilizadora de qualquer dano que venha a ser provocado por atrasos, interrupções ou faltas de entrega nos manjares natalícios.

20.12.07

A Senhora ASAE

Durante muito tempo julgava-na adormecida, sem actuação visível nos mais diversos espaços abertos ao público. Agora surge em todos os cantos e a sociedade civil tem levantado a voz quanto à sua rigorosa inspecção.

Desde as bolas de berlim na praia, à venda de castanhas assadas em folha de jornal, passando pela colher de pau...

A Senhora Dona ASAE irritou-se com a crítica que lhe tem sido feita - incluindo uma petição que tem circulado pela net - e veio acalmar-nos com os seus esclarecimentos:

a) Vamos continuar a poder ouvir os pregões de "Olhá boolaaa de berlinnng", na praia, desde que "produzidas num estabelecimento devidamente licenciado e comercializadas de forma a que esteja garantida a sua não contaminação ou deterioração"; [importa-se de repetir?]

b) Já quanto à bela da castanha assada, nada de utilizar papel de jornal...

c) Aconselha-se uma faca de cor diferente para cada género alimentício. Portanto, uma para a cebola, outra para a batata, outra para a cenoura, outra para a carne, outra para o peixe, outra para o pimento... Mas a Senhora ASAE esclarece e acalma-nos "não sendo requisito legal, é uma boa prática a utilização de facas de cor diferente, pois esse procedimento auxilia a prevenção da ocorrência de contaminações cruzadas."

Aprendam, pois, a colorir as vossas cozinhas, pois "auxilia a prevenção da ocorrência de contaminações cruzadas".


18.12.07

Desafio: 5 filmes, 5 bandas sonoras

A RTP, do Tretas & Letras lançou-me um desafio. Encontrar cinco filmes que se destaquem pela sua banda sonora. Se a tarefa parece, à partida, relativamente simples, os problemas começam a surgir quando se tem de restringir a escolha a apenas 5.

Consultada a memória cinematográfica/musical, aqui ficam algumas perólas, sem qualquer ordem hierárquica:

1. Trainspotting (de Danny Boyle)







O filme leva já mais do que uma década (1996) e foi um dos que me levou, rapidamente, a adquirir a banda sonora. Com nomes como Iggy Pop (o fantástico "Lust for Life"), Lou Reed ou Underworld. Uma mistura que ilustra na perfeição o poder da película.


2. Chicago (de Rob Marshall)



Mais recente que o anterior (2002) e num registo completamente diferente. Apresenta igualmente uma escolha apropriada para a representação da Broadway. Ainda que os intérpretes sejam, na maior parte das vezes, os próprios actores, a qualidade não saiu afectada.

Saliento, no entanto, a "All that Jazz", de Velma Kelly.



3. Moulin Rouge (de Baz Luhrmann)



Tal como Chicago, um musical que salta para o cinema. A escolha musical recaiu, e de aplaudir, sobre nomes como Labelle, Queen, Fatboy Slim, The Police ou David Bowie.
Um filme que vale, sobretudo, pela banda sonora e, só por isso, merece um lugar na pole position.


4. Pulp Fiction (de Quentin Tarantino)


À semelhança da banda sonora de Trainspotting, também este filme me levou à aquisição da banda sonora. Ainda hoje ouço as músicas que o compõem com igual apreço, tais como a "Girl, will be a woman soon", interpretada por Urge Over Kill, ou a "You never can tell" (Chuck Berry), que serve pano de fundo para a dança de Uma Thurman e John Travolta. Um filme para ver e ouvir, sem limites de consumo.



5. The Lion King (de Roger Allers e Rob Minkoff)




Sim, eu sei que é um filme de animação. Mas a banda sonora é divertida e fica no ouvido. Porque nem só de bandas sonoras sérias é feita uma lista das melhores. Para a história do cinema de animação ficará, por muito tempo, a "Hakuna Matata".

Para uma lista das 100 melhores bandas sonoras no cinema vejam neste site.

O desafio fica aberto a qualquer um dos leitores do blog que queira partilhar as suas preferências...

10.12.07

"Lisbon revisited"

Àparte todas as correrias, contra-tempos e esquecimentos, cumprimos os objectivos delineados.

Objectivo n.º 1 - Monty Python

Já há muito que vinha adiando a ida a Lisboa para ir ver o espectáculo. Pouco depois da aquisição dos bilhetes, surge a confirmação que o quintento vem ao Porto, em Fevereiro de 2008, com o seu "Os Melhores Sketches dos Monty Python". Mas, enfim...

Em pleno Casino de Lisboa - cuja visita se recomenda, dada a inteligência na decoração e arquitectura - no Auditório dos Oceanos, António Feio, Jorge Mourato, José Pedro Gomes, Bruno Nogueira e Miguel Guilherme trazem-nos uma recuperação dos inimitáveis Monty Python. Não se espere ver em palco uma cópia dos ingleses, mas a adaptação foi bem conseguida. Os Sketches escolhidos não esquecem os mais famosos, como sejam o "Papagaio Morto" ou a "Anedota mortal"; passando pelos vídeos recreados pelos actores portugueses. Pena que o "Ministry of Silly Walks" (um dos meus preferidos) não tenha tido igual atenção...

Miguel Guilherme e José Pedro Gomes destacam-se, naturalmente; o primeiro com um monólogo serpenteado pelo meio do público e o segundo por uma interpretação divertida no Sketch "Pancada na Cabeça".

O quintento não esqueceu a banda sonora dos Monty Python, acompanhada dos inconfundíveis assobios - "Always look at the bright side of life"...

Para quem não viu e é fã da série que inspirou comediantes muito para além das fronteiras inglesas (incluindo os do nosso país), fica a recomendação.


Objectivo n.º 2 - Xutos e Pontapés

O Campo Pequeno acolheu, completamente esgotado, os Xutos e Pontapés para o festejo do aniversário do álbum "Circo de Feras".

Ainda que comecem a ser incontáveis as vezes que os vi ao vivo, este espectáculo valeu, sobretudo, pelas actuações circenses que o envolveram. Desde saltos em trampolim a malabarismo com fogo.

O melhor mesmo foi o acampanhamento com tambores da música "Circo de Feras".

28 anos depois, eles aí andam para as curvas, ritmo, e com letras que todos cantam em uníssono, principalmente a "Contentores", "Circo de Feras", "A minha casinha", "Não sou o único" e "À minha maneira".

Objectivo n.º 3 - Museu Colecção Berardo

Ainda que a figura não gere consensos nos vários domínios onde intervém, a inegável que a colecção em exposição tem muitas obras que justificam a visita.

Dos nomes representados no Museu fazem parte Andy Warhol, Piet Mondrien, Paula Rego, Pablo Picasso ou Max Ernst.

Para percorrer todas as salas do museu, é necessário (muito) tempo. São muitas obras, ainda que nem todas reclamem igual atenção.

Porque a escolha de uma obra ilustrativa da visita nem sempre é fácil, fica uma das que mais me diverte e de um artista que recentemente esteve representado pela Invicta.



[Salvador Dalí]

Até ao final do ano, a entrada é gratuita.

P.S. Título do post "emprestado" de um poema de Álvaro de Campos.

1.12.07

Imagem do dia - XI



Para servir de mote ilustrativo das [atarefadas] semanas pré-natalícias que aí vêm.